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sexta-feira, 14 de janeiro de 2011 Post By: Jiji

Devem-me dinheiro

José Sócrates em 2001 prometeu que não ia aumentar os impostos. E aumentou. Deve-me dinheiro. António Mexia da EDP comprou uma sinecura para Manuel Pinho em Nova Iorque. Deve-me o dinheiro da sinecura de Pinho. E dos três milhões de bónus que recebeu. E da taxa da RTP na conta da luz. Deve-me a mim e a Francisco C. que perdeu este mês um dos quatro empregos de uma loja de ferragens na Ajuda onde eu ia e que fechou. E perderam-se quatro empregos. Por causa dos bónus de Mexia. E da sinecura de Pinho. E das taxas da RTP. Aníbal Cavaco Silva e a família devem-me dinheiro. Pelas acções da SLN que tiveram um lucro pago pelo BPN de 147,5 %. Num ano. Manuel Dias Loureiro deve-me dinheiro. Porque comprou por milhões coisas que desapareceram na SLN e o BPN pagou depois. E eu pago pelo BPN agora. Logo, eu pago as compras de Dias Loureiro. E pago pelos 147,5 das acções dos Silva. Cavaco Silva deve-me muito dinheiro. Por ter acabado com a minha frota pesqueira em Peniche e Sesimbra e Lagos e Tavira e Viana do Castelo. Antes, à noite, viam-se milhares de luzes de traineiras. Agora, no escuro, eu como a Pescanova que chega de Vigo. Por isso Cavaco deve-me mais robalos do que Godinho alguma vez deu a Vara. Deve-me por ter vendido a ponte que Salazar me deixou e que eu agora pago à Mota Engil. António Guterres deve-me dinheiro porque vendeu a EDP. E agora a EDP compra cursos em Nova Iorque para Manuel Pinho. E cobra a electricidade mais cara da Europa. Porque inclui a taxa da RTP para os ordenados e bónus da RTP. E para o bónus de Mexia. A PT deve-me dinheiro. Porque não paga impostos sobre tudo o que ganha. E eu pago. Eu e a D. Isabel que vive na Cova da Moura e limpa três escritórios pelo mínimo dos ordenados. E paga Impostos sobre tudo o que ganha. E ficou sem abonos de família. E a PT não paga os impostos que deve e tenta comprar a estação de TV que diz mal do Primeiro-ministro. Rui Pedro Soares da PT deve-me o dinheiro que usou para pagar a Figo o ménage com Sócrates nas eleições. E o que gastou a comprar a TVI. Mário Lino deve-me pelos lixos e robalos de Godinho. E pelo que pagou pelos estudos de aeroportos onde não se vai voar. E de comboios em que não se vai andar. E pelas pontes que projectou e que nunca ligarão nada. Teixeira dos Santos deve-me dinheiro porque em 2008 me disse que as contas do Estado estavam sãs. E estavam doentes. Muito. E não há cura para as contas deste Estado. Os jornalistas que têm casas da Câmara devem-me o dinheiro das rendas. E os arquitectos também. E os médicos e todos aqueles que deviam pagar rendas e prestações e vivem em casas da Câmara, devem-me dinheiro. Os que construíram dez estádios de futebol devem-me o custo de dez estádios de futebol. Os que não trabalham porque não querem e recebem subsídios porque querem, devem-me dinheiro. Devem-me tanto como os que não pagam renda de casa e deviam pagar. Jornalistas, médicos, economistas, advogados e arquitectos deviam ter vergonha na cara e pagar rendas de casa. Porque o resto do país paga. E eles não pagam. E não têm vergonha de me dever dinheiro. Nem eles nem Pedro Silva Pereira que deve dinheiro à natureza pela alteração da Zona de Protecção Especial de Alcochete. Porque o Freeport foi feito à custa de robalos e matou flamingos. E agora para pagar o que devem aos flamingos e ao país vão vendendo Portugal aos chineses. Mas eles não nos dão robalos suficientes apesar de nos termos esquecido de Tien Amen e da Birmânia e do Prémio Nobel e do Google censurado. Apesar de censurarmos, também, a manifestação da Amnistia, não nos dão robalos. Ensinam-nos a pescar dando-nos dinheiro a conta gotas para ir a uma loja chinesa comprar canas de pesca e isco de plástico e tentar a sorte com tainhas. À borda do Tejo. Mas pesca-se pouca tainha porque o Tejo vem sujo. De Alcochete. Por isso devem-me dinheiro. A mim e aos 600 mil que ficaram desempregados e aos 600 mil que ainda vão ficar sem trabalho. E à D. Isabel que vai a esta hora da noite ou do dia na limpeza de mais um escritório. Normalmente limpa três. E duas vezes por semana vai ao Banco Alimentar. E se está perto vai a um refeitório das Misericórdias. À Sexta come muito. Porque Sábado e Domingo estão fechados. E quando está doente vai para o centro de saúde às 4 da manhã. E limpa menos um escritório. E nessa altura ganha menos que o ordenado mínimo. Por isso devem-nos muito dinheiro. E não adianta contratar o Cobrador do Fraque. Eles não têm vergonha nenhuma. Vai ser preciso mais para pagarem. Muito mais. Já.

*/Mário Crespo /*

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quarta-feira, 2 de abril de 2008 Post By: Jiji

velocidade

Acidentes

É um facto que nestes últimos anos Portugal tem ganho um grande desenvolvimento a nível de estruturas rodoviárias. Há mais e melhores estradas. Algumas a pagar, outras, nem por isso.
É verdade que também há cada vez mais automóveis a circular, apesar de o nível de vida cair continuamente e o preço dos combustíveis não parar de subir. De onde vem o milagre? Não sei!
A acompanhar isto anda a velocidade na estrada. Apesar de todas as campanhas, de todas as sinalizações, não faltam despistes, embates, voos fora das estradas,… enquanto os males são alguns pedaços de chapa, as coisas ficam por aí, agora quando há atropelamentos e mortes tudo se complica. Crianças apanhadas na passadeira ou trabalhadores na auto-estrada a voar pelos ares só pode indicar duas coisas: ou descuido das pessoas ou velocidade a mais em lugares onde não deveria haver. Se calhar há um pouco das duas e mais uma terceira que atravessa as primeiras: uma grande falta de respeito pelos outros, pelas suas vidas, pelo seu trabalho.
Que não acabem as campanhas de sensibilização; que nunca se perca o respeito pelos outros (às vezes a melhorar as vias por onde passas); que nunca se esqueça que trabalhamos uns para os outros.

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terça-feira, 25 de março de 2008 Post By: Jiji

Escolas ao rubro

Mal estar estudantil e professoral

É impressionante como o tempo passa. Um mês! Sim, um mês p+assado desde o último post. Onde tenho estado com a cabeça? Comprometi-me a escrever regularmente, e é o que se vê.

As nossas escolas estão em pé de guerra.
Falso! Não há mais violência do que antes. O que se passa é que agora sabe-se mais. Há mais meios e ao dispor de todos para a divulgação. Senão veja-se o caso da escola Carolina Michaëlis: a professora e a aluna andaram às turras já há dias, e não se soube de nada. O simples gesto de alguém ter posto as imagens na net desencadeou uma onda de informação e reacções que ainda não se sabe muito bem onde isto vai parar. Senão fosse esse simples gesto, continuaríamos hoje ignorantes e pacatos na nossa vida quotidiana amanteigada e doce.
Agora os jornais, rádios e TV não param de desencantar exemplos como o do Porto. Surgem como cogumelos. Até parece que tudo acontece agora.

Que fizeram os conselhos executivos, o ministério da educação, aquando dos actos de violência entre alunos, de alunos contra professores ou pessoal educativo ou de acção escolar, de professores contra alunos, etc? Ah!!! Diz-se que a escola tomou as devidas precauções, castigos, decisões educativas, … e outros que tais. Parece que não tem dado muito resultado.
O que se passa é um crescendo de desresponsabilização dos pais e encarregados de educação. Estes vêm progressivamente abdicando da sua responsabilidade, depositando-a nos professores que devem fazer de professores, pais, educadores, advogados e juízes. E que faz o MdE para os proteger? Para lhes dar os meios necessários ao bom desempenho da sua profissão? Para responsabilizar alunos e pais? Os professores, por outro lado, estão constantemente a ser desautorizados. Obrigam-se a muitas responsabilidades, mas quando as exercem são contestados, desautorizados, condenados, marginalizados.
Viva a anarquia!

Acredito que seja difícil. Basta estar ouvir alguns desabafos de presidentes ou outros responsáveis das associações de encarregados de educação. Às reuniões “ninguém” aparece, bastas as vezes nem mesmo os professores da escola que aí têm os seus filhos. Os pais não sabem o que se passa na escola porque os filhos não lhes contam e eles também não têm tempo para os ouvir.
Meus senhores, que tendes responsabilidades e poder: dêem meios aos professores, responsabilizem os pais e os alunos. Todos sabem o que querem e o que fazem. Construamos um povo educado, responsável e respeitador. Nós não somos maus; precisamos é de ser podados nalguns galhos mais rebeldes.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Mais taxas

Vergonha

Recebi hoje um mail a dizer que os bancos vão cobrar uma “taxa” aos seus clientes, cada vez que estes levantarem dinheiro pelas caixas ATM. Fui informar-me e parece que é verdade! E parece que não é nada pouco! É 1,50€ por cada operação que vai engrossar os lucros da banca Portuguesa. Como se já não bastasse o que eles ganharam e continuam a ganhar.
Claro que nenhum cliente gostará de pagar essa taxa. Claro que a decisão foi tomada unilateralmente pelos bancos. Então é porque eles têm esse poder. Se o não têm, pensam que sim.
Corre uma petição online que parece ter já recebido mais de 200.ooo assinaturas. Será que vale a pena? Eu penso que sim e já assinei. Não custa nada. Mesma que não valha nada também não perdi nada. Mas se valer, ah!, então fiz bem.
Por vezes o que nos custa é mobilizar-se por uma causa. Esta parece-me uma boa causa, e justa.

“Os bancos preparam-se para nos cobrarem 1,50 Eur por cada levantamento nas caixas ATM.
Isto é, de cada vez que levantar o seu dinheiro com o seu cartão, o banco vai almoçar à sua conta . Este 'imposto' (é mesmo umaimposição, e unilateral) aumenta exponencialmente os lucros dos bancos, que continuam a subir na razão directa da perda de poder de compra dos Portugueses. Este é um assunto que interessa a todos os que não são banqueiros e não têm pais ricos.
Quem não estiver de acordo e quiser protestar, assine a petição e reencaminhe a mensagem para o maior número de pessoas conhecidas”.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Velhos

Quem entender que entenda!

A população portuguesa está a ficar velha. Pelo menos é o que dizem os dados do Instituto nacional de estatística no último relatório respeitante aos últimos 7 anos. Cada vez nascem menos crianças e aumenta a esperança de vida.
O presidente da república já no seu discurso de ano novo alertou para o problema da baixa de natalidade em Portugal. Ninguém fez caso. A notícia passou em rodapé nos jornais televisivos.
Ora nestes últimos dias têm-se dado ênfase à notícia sobre os abortos em Portugal. Porquê? Pelo facto de não terem atingido o número que estava previsto. Como se estivéssemos num concurso ou competição em que é obrigatório atingir determinado número.
Por um lado temos deficiência de nascimentos e ninguém dá relevância ao caso. Por outro temos abortos a menos do que o previsto e sai em todos os meios de comunicação como se estivéssemos a falhar objectivos.
Realmente custa a entender. Mas é verdade!

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

É triste

ponta do iceberg

Tem razão o nosso presidente da república quando chama a atenção para a nossa justiça. Mas pode alargar a lista às forças policiais e de investigação, que não lhe fica nada mal.
A arquivação da agressão ao Sr. Bexiga, ex-autarca de Gondomar, e as perdas das escutas telefónicas no julgamento do Major Valentim Loureiro afloram os limites do ridículo e da estupefacção. Fica-se com a impressão de que em Portugal tudo é possível. E de certo até é. Mas é um descaramento desconcertante. E ninguém faz nada. Vamos ao sabor do vento, sem vontade, ou sem poder, para construirmos para ventos ou barreiras anti vento.
Estes e outros exemplos são a pequena ponta do iceberg que é a nossa justiça, a impunidade de quem tem uns “carcanhois”. Nós, pouco podemos fazer, e quem pode assobia para o lado.
É triste sim senhor!

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Circo do mundo

Lista negra

Quénia, Chade, Moçambique,… mais nomes para a “lista negra” das situações dramáticas vividas por milhares de homens e mulheres, crianças e idosos, jovens e adultos. Situações que, por momentos, fazem desviar os olhos de outras não menos dramáticas como o Darfur, o Afeganistão, o Iraque, Palestina.
A lista parece não ter fim, e quando nalgum lugar se nota uma melhoria, e uma réstea de esperança aparece, logo surge outra a desmentir a primeira e a repor as coisas na “normalidade”.
É impressionante a capacidade maléfica da humanidade. É assustadora a criatividade do Homem para gerar conflitos, insegurança, guerras, para dizimar populações inteiras. Em nome de quê? De quem?...
Pode-se destruir num minuto o que demorou anos e anos a construir. É o que acontece com estes focos de tensão. As estruturas, os sistemas, os meios humanos e materiais, … tudo fica desfeito. É preciso recomeçar. Um recomeço que em alguns países é contínuo ou um eterno recomeço, como no Chade por exemplo.
Até parecem acções concertadas, tipo terrorismo. Melhora num lado, começa no outro. É o circo de entretimento: tem que haver sempre algum número para ocupar, e quando um começa a já não ter graça, substitui-se por outro. É o que parece estar a acontecer no mundo: um grande circo.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Regicídio

Bravo Sr. presidente

Cem anos! É verdade, um século se passou desde o “regicídio”. Em 1 de Fevereiro de 1910 morria, assassinado, o rei D. Carlos e o seu filho, herdeiro. Foi, dizem, o primeiro passo para a república.
Duas atitudes políticas, diferentes entre si, caracterizaram hoje, em relação ao acontecimento, dois dos nossos órgãos de soberania:
O parlamento não aprovou um voto de pesar pelo assassínio do rei, com desculpas de que não cabe ao parlamento fazer juízos sobre a história, ou que seria um voto contra a república.
O presidente da república inaugurou uma estátua do rei.
Duas atitudes diferentes entre si, que manifestam o estado de espírito de cada um dos órgãos de soberania, e sobretudo olhar de cada um sobre a nossa história.
Não sou monárquico, mas não posso apagar séculos de história da monarquia em Portugal. Posso não estar de acordo, como também não estou com a ditadura, mas faz parte da nossa história.
Imaginem que quiséssemos apagar da nossa memória colectiva e dos nossos compêndios escolares que D. Afonso Henriques mandou prender a mãe; que estivemos 60 anos sob domínio espanhol; que tivemos guerras civis; que fomos ajudados por Ingleses contra os franceses porque sozinhos não fomos fortes o suficiente; que tivemos a guerra colonial; que estivemos 50 anos sob ditadura de direita; que quase ficávamos sob uma ditadura de esquerda; etc. etc.
Se fossemos a recordar só os bons acontecimentos talvez hoje não estivéssemos aqui ou não fossemos o que somos.
Por isso Bravo Sr. presidente (não creio que seja monárquico!), e infelizes parlamentares (curtos de espírito!)

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

De rastos

Quem reage?

3 Notícias mexem hoje com a sociedade portuguesa, a nível político, social e económico.
Primeiro a tão badalada remodelação governamental. Remodelação??? Substituição de 2 ministros pode ser considerada remodelação? Não sei. No entanto a acção foi sobejamente comentada nos média portugueses. Sócrates reconheceu fracasso na política da saúde e da cultura? É tudo para continuar como dantes? As duas posições têm apoiantes em todo o lado. O que me parece é que se Correia de Campos, independentemente do que se seguir, se continuasse no governo até às próximas eleições legislativas, era um sério “handicap” para o PS alcançar nova maioria.

Mas as outras 2 notícias não são melhores do que esta.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acusou hoje o BCP de “delinear uma operação bem montada e bem urdida para escapar ao controlo das autoridades” de supervisão, “que impediu qualquer hipótese” de os supervisores a detectarem. Caramba, só agora é que deram conta? O que é preciso fazer mais? E o que vai ser seguido no futuro? Que acções contra os culpados? Provavelmente nada, infelizmente.

O bastonário da Ordem dos Advogados disse hoje que se “fazem negócios de milhões com o Estado”, cujo objecto são bens do património público, “quase sempre com o mesmo restrito conjunto de pessoas e grupos económicos privilegiados”.
Também já se sabia. Senão como é que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. De onde vem este fosso cada vez maior entre os extremos da sociedade portuguesa?
Já não há respeito pela pessoa, seja ela qual for. E o Presidente da república tem razão ao alertar para a morosidade da justiça e os benefícios de alguns em detrimento de muitos.
Haja quem faça alguma coisa, porque o governo tem as mãos e os pés atados. Pelo menos é a imagem que dá.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

o óbvio

Oxalá me engane!

O Banco Espírito Santo (BES) acaba de publicar os seus resultados do ano de 2007. Mais de 600 milhões de euros de lucro, e uma subida de 44% em relação a 2006.
Fantástico!!! Dizeis vós! E se calhar eu também. Ainda bem para eles. Eu não fico com inveja do sucesso dos outros. A não ser que esse sucesso seja à custa do sacrifício, da perda, de outros.
E parece que é o caso.
Atenção, o que escrevo aqui não se aplica só ao BES, mas a todos os bancos (pelo menos os portugueses, na certeza porém de que serão quase todos iguais.
Os bancos anunciam os seus lucros, sempre maiores. Ao contrário o poder de compra e o nível de vida dos portugueses vai de mal a pior. Pelo menos é o que todos os analistas políticos, sociais e económicos afirmam. Quem sou eu para os contradizer?
Então uma conclusão óbvia tem que se tirar: quanto mais os portugueses se afundam, mais os bancos lucram. Quer dizer que os bancos dão-se bem com a crise económica!
Se quisermos ser dramáticos tiramos outra conclusão: já que os bancos lucram com a crise, e que são eles os primeiros responsáveis do desenvolvimento e do resolver da crise, à priori, não terão nenhum motivo para resolver a dita crise. Quer dizer que deles não temos que esperar nada.
Estamos numa linda alhada.
Estas conclusões podem não ser válidas nem verdadeiras (aceito); mas têm lógica (Oxalá que me engane).

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Atrasados

A passo de Caracol

Houve um tempo em que os transportes públicos andavam sempre atrasados. Hoje não são só os transportes. Parece que todo o país vive atrasado. São os salários, a retoma da economia, a criação de novos empregos, as obras públicas, os funcionários públicos, a medicina e até a justiça (talvez a pior). São processos que se arrastam há anos e que os visados não têm interesse que se resolvam. Parece que todos ganham à comissão, sobre o tempo utilizado. Quanto mais durar mais se ganha. São os grandes casos nacionais como o caso “casa Pia” ou o “apito dourado”. E parece, dizem as más línguas, que o caso da “noite no porto” vai seguir os mesmos passos. Mas são também outros processos mais simples. Sabe-se agora que, segundo um estudo feito sobre a justiça em Portugal os processos se acumulam cada vez mais, mas que uma das sugestões para resolver o problema era que os juízes recebessem o salário segundo o trabalho realizado.
Isso é que era bom! Era um ver se te avias, para acabar com processos pendentes há largos anos. E os novos, nem davam tempo de haver prisões preventivas. Em poucos dias tudo se resolvia.
Mas nós como somos um país de brandos costumes onde nunca se passa nada de extraordinário, vamos continuar sem nada de extraordinário. Onde noutros países como a Itália ou a França os corrupção avançam a 100 à hora, no nosso cantinho (que ninguém perturbe) continuamos a passo de caracol. Não admira que, embora na união europeia, continuemos a nos afastar inexoravelmente.
Viva o caracol (contra quem nada tenho, a não ser um apetite voraz).

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Ateísmos

O maior drama da humanidade

Foi-me aconselhado por um amigo, numa conversa corriqueira, ler a homilia do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, do dia de Natal 2007. Passo por cima de todos os sentimentos que em mim despertou, eu um católico convicto. Não posso, é deixar de continuar a pensar numa frase fundamental, ponto de partida, me parece, de todo o raciocínio do Cardeal. Até porque o mesmo pensamento começa e termina a homilia. É esta a frase: “Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade”. A guerra, a fome, as epidemias, catástrofes? Nada disso se compara.
Como compreender uma afirmação destas? Quem sou eu para contradizer o Cardeal?
Por mais voltas que dê à cabeça, só posso compreender uma afirmação destas se o cardeal entende que a fome, a guerra, as injustiças, as epidemias, … são resultados deste ateísmo; se o ateísmo for a “mãe” ou o “pai” de todos os “males” que atingem a humanidade. Embora aí me custe engolir a situação daqueles que matam e destroem em “nome de Deus”. Será isso melhor do que as “formas de ateísmo”? Será somente o ateísmo a conduzir à guerra? À fome? … não será muitas vezes a intolerância daqueles que se dizem crentes (de todas as confissões religiosas)?
Fique-se sr. Cardeal! Não posso concordar consigo.
Mesmo assim, tenha um bom ano 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Divagando

Da chuva e do bom tempo

Tenho andado bastante ocupado em mudanças. Por isso também este espaço se tem ressentido da minha ausência. No entanto o cérebro não pára. Aliás, a vida também não, por isso há sempre motivo de conversa. Quanto mais não seja para falar da chuva e do bom tempo.
Nestes dias é mais chuva e mau tempo, que bom. Frio também não falta. Mas, é inverno e é o habitual. Já imaginaram se não chovesse? As vozes levantavam-se para se lamuriar, que falta água, que vamos ter problemas de seca, que o governo é que tem a culpa, que deveria dar subsídios, que deveria arranjar chuva, nem que para isso tivesse que disparar uma bomba para fazer curto circuito nas nuvens , …
Já estou a divagar. O que não é de admirar com o cansaço que tenho. Por isso hoje vou ficar or aqui, esperando das melhores.
Fiquem bem

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Post By: Jiji

Divagando

Tenho andado bastante ocupado em mudanças. Por isso também este espaço se tem ressentido da minha ausência. No entanto o cérebro não pára. Aliás, a vida também não, por isso há sempre motivo de conversa. Quanto mais não seja para falar da chuva e do bom tempo.
Nestes dias é mais chuva e mau tempo, que bom. Frio também não falta. Mas, é inverno e é o habitual. Já imaginaram se não chovesse? As vozes levantavam-se para se lamuriar, que falta água, que vamos ter problemas de seca, que o governo é que tem a culpa, que deveria dar subsídios, que deveria arranjar chuva, nem que para isso tivesse que disparar uma bomba para fazer curto circuito nas nuvens , …
Já estou a divagar. O que não é de admirar com o cansaço que tenho. Por isso hoje vou ficar or aqui, esperando das melhores.
Fiquem bem

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Aeroporto

Sem espinhas

Alcochete! Alcochete! Alcochete!
Finalmente, o LNEC falou, o governo decidiu (mais uma vez, porque já tinha decidido também antes).
Portugal não perdeu, nem podia perder. Portugal, dizem os entendidos, precisa de um novo aeroporto, e vai ter um novo aeroporto: Ota? Alcochete? Lugar mais ao sul ou mais a norte, parece-me indiferente, mesmo se a maioria da população se situa a norte do Tejo.
No entanto, com esta opção, o país ganhará uma terceira (só!!!) travessia do Tejo, na zona de Lisboa (mesmo assim me parece pouco, mas já é melhor que duas).
Os gastos? Claro que um aeroporto nunca ficará barato. Serão certamente milhões que serão gastos. Há quem diga que o país não precisa do aeroporto nem do TGV, que são gastos enormes e desnecessários.
Provavelmente a urgência ou necessidade de um TGV para o nosso país pode questionar-se. No entanto um aeroporto será sempre necessário dentro de alguns (poucos) anos, visto o aumento rápido de tráfego aéreo.
Venha lá esse aeroporto, e o mais rápido possível. E que não venha agora a oposição, desacreditada, pôr entraves ao processo. Agora vão ter que apoiar o governo a avançar. Desculpas já não há.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Medo

Tenha maneiras

Não há referendo para ninguém. Contentem-se com votação parlamentar. Não vamos correr o risco de deitar por água abaixo o que demorou tanto e deu um trabalhão a conseguir: o tratado de Lisboa.
Dizem que as promessas do primeiro ministro durante a campanha e programa do governo,. De fazer um referendo não se aplica ao tratado de Lisboa. Aplicar-se-ia ao tratado constitucional e não a este.
Pois é, mas eu gostaria de saber a diferença entre um e outro. Não na forma, certamente, porque aí há muita diferença: um é constitucional outro é de Lisboa (grande diferença!), mas no conteúdo.
Todos são unânimes em considerar o tratado de Lisboa uma cópia do tratado constitucional, chumbado em referendo nalguns países. Se agora não se faz referendo é pura e simplesmente porque se tem medo. Medo que o povo diga não; medo que as populações e manifestem contrárias aos que as governam; medo de mostrar um divórcio entre a política e a sociedade.
Agora vão ter que se encontrar razões (com que qualidade?) para justificar uma falta a um compromisso público. Mas ninguém tem esta capacidade malabarista de escapar ao julgamento popular.
Está errado, sr ministro, tenha maneiras. Não tenha medo de encostar às cordas o líder do maior partido da oposição pondo-o a fazer campanha pelo sim à sua beira. Não tenha medo de pôr os portugueses a esquecer, durante alguns tempos a política interna e as suas agruras, invadindo-o com o referendo. Não tenha medo do povo português dizer sim ao tratado. Não tenha medo sr engenheiro.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Esquizofrenia

Santos para a rua

Vamos ficar sem santos em Portugal. Depois da novela dos crucifixos nas escolas públicas e nos hospitais, é agora a vez da novela dos santos das escolas. Segundo o ministério da educação, a nova denominação das escolas não pode incluir nomes de santos ou santas.
Acontece que uma grande parte das escolas tem o nome das terras onde se situam, o que já gerou problemas com gente que não quer abdicar deste seu património cultural.
Parece-me uma esquizofrenia barata o que o governo está a manifestar. Diria mais, parece-me um fundamentalismo laico do mais aberrante que há. Se fundamentalistas islâmicos, contestam a presença de símbolos religiosos anti-muçulmanos em lugares públicos, estes ditos laicos não são diferentes.

Imaginem agora:
Todas as terras com (aldeias, vilas, cidades, lugarejos,…) com nomes de santos serem obrigados a mudar de nome;
Todos os feriados com nome de santos acabarem, ou pelo menos mudar o nome (santo António como fiaria?);
Todos os que exerçam cargos públicos governativos serem impedidos de participar em cerimónias religiosas (procissões, desfiles…);
Digam o que disserem, o nosso povo nunca foi nem é laico, e não se compreende este ataque básico, doentio, esquizofrénico, mórbido e extremista a uma instituição, uma cultura, que de acordo ou não, é a nossa.

Ah! E são Bento como ficará? Que nome dará o governo à casa da assembleia da república? Simplesmente Bento? Bentinho? Ou inventarão um nome original? Que tal São Sócrates? Ah, não pode ser, tem o são por trás. Azar o seu!!!

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domingo, 6 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Dor de cabeça

Saia uma aspirina

Uma dor de cabeça pode não ser nada, mas pode também ser muito. Tudo depende da pessoa, da sua disposição, das suas relações com os outros e com o ambiente. Depende também se é habitual ou rara.
As palavras dos nossos ministros são como a dor de cabeça. Dor de cabeça, são sempre, agora são mais forte ou mais fraca dependendo de muitos factores: pertença partidária é o primeiro. Depois vem a capacidade de sofrimento de cada um, o momento do dia ou da noite, a posição que se ocupa na estrutura sócio-política, situação profissional, etc., etc. Há gente com mais capacidade do que outra.
Quando o nosso primeiro-ministro diz que tem todas as razões para acreditar que 2008 será melhor que 2007 e que cada ano que passa desde que foi eleito tem sido sempre melhor que o anterior, não tenho dúvidas de que é uma tremenda dor de cabeça. Pelo menos para mim.
Porque se 2008 for melhor como 2007 foi melhor que 2006 e assim sucessivamente recuando no tempo, vou ali já venho.
Eu queria acreditar, ou melhor, ter um pouco de esperança que as palavras do nosso primeiro se concretizassem na realidade. Isto é, gostaria que a minha dor de cabeça fosse pequena. É que eu não tenho muita capacidade de sofrimento. E como eu há milhares, senão milhões.
Já agora, venha daí uma aspirina. Nunca se sabe!

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Paz e Guerra

A Paz a construir

O novo ano começou. Todos auguramos coisa melhores do que no anterior. Fica bem e é o que todos precisamos. No entanto nem sempre os homens têm estes sentimentos. Duas situações antagónicas mostram à evidência isto:
No Darfur, oficialmente a força da ONU, a Minuad acaba de tomar posse da segurança no Darfur. Apesar de ser, por enquanto uma simples troca de boinas, já que a realidade continua a ser a mesma, ouso acreditar que é já um passo para um futuro mais risonho e esperançado.
No kénia, um país que parecia na boa via do desenvolvimento, democracia, paz e segurança, acaba de surgir um conflito que, se não for parado a tempo, tem todo o ar de vir a tornar-se mais um Ruanda ou um Darfur.
A sede de poder, as divisões étnicas, os interesses particulares acima do grupo, só podem contribuir para a guerra, destruição e injustiça. Num tempo em que se deseja para todo o mundo a paz, convenhamos que temos muito a caminhar e que a paz é sempre algo a construir, a realizar e nunca um dado adquirido.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Bronca

Lei do tabaco

Primeiro dia da lei sobre o tabaco e primeira bronca.
O presidente da ASAE apanhado em flagrante a fumar no interior do casino do Estoril.
Claro, a gente já sabia que toda a lei tem diferentes interpretações. Pelo menos diferentes pontos de vista no que respeita à aplicação. E é de aplicação que se trata aqui. Não é suficiente promulgar uma lei, é preciso que ela recolha os meios necessários para ser aplicada e interpretada correctamente.
Um casino entra dentro dos “locais de trabalho”? ou dos “recintos de espectáculos”? há alguma alínea que exclui os casinos de serem abrangidos pela lei? Para uns, e para o presidente da ASAE, parece que sim, pelo menos é o que ele afirma.
Então e que razões são apresentadas para essa excepção? E porque não as discotecas? os bares? E já agora o café da minha aldeia, onde 4 ou 5 pessoas se reúnem todas as noites para beber uns copos e cavaquear alguns minutos?
Senhores ponham-se de acordo e deixem-se de balelas. A lei já exclui e marginaliza suficientemente como está, não a façam ainda mais. Ou é ou não é. Agora ser para uns e não ser para outros, só porque o apanhado, é o sr presidente do organismo que deve justamente fiscalizar a aplicação dessa lei, não tem jeito nenhum.


Já agora bom ano para todos

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Bhutto assassinada

Hipocrisia

Benazir Bhutto foi assassinada. Uma das poucas mulheres no mundo que conseguiu fazer frente a um mundo dominado por homens e lutar por um pouco de democracia.
Foi primeiro-ministro do seu país, o Paquistão. Não teve grande sucesso, seja pela sua inépcia que pela argúcia dos seus adversários. Há muitos anos em prisão domiciliária, ou residência vigiada, como lhe queiram chamar. Esteve no exílio. Foi prémio Nobel da paz, justamente por lutar contra o totalitarismo com uma metodologia pacífica. Era a líder da oposição paquistanesa e preparava-se para se apresentar às próximas eleições. Conhecendo a situação política do país, não foi uma grande surpresa o seu assassinato.
Quem a matou? Quais serão as consequências? Podem ser mantidas as eleições, num país que está agora com níveis de violência quase semelhantes aos do Iraque?
A comunidade internacional foi unânime em condenar este acto. No entanto que fez ela até agora? Porque tolerou o seu afastamento do poder? Porque apoiou o homem que a destituiu? É fácil agora condenar, mas não era esta uma saída previsível para eliminar uma oposição ao actual presidente?
Hipocrisia! Tudo é hipocrisia!

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Banca

Impunidades

O BCP, o maior banco privado Português, está de pantanas. Milhões de euros desviados, empréstimos não reembolsados, milhares de prejuízo, equipa administrativa demissionária, guerrilhas internas, …
O governo lavou daí as mãos, talvez por interesse; o banco de Portugal, entidade controladora e fiscalizadora, fechou os olhos, com que interesse?
O que é certo é que se vai preso por roubar alguns euros, e estes senhores que ROUBAM milhões ninguém os incomoda. Depois de toda esta trapalhada ainda não se ouviu nada sobre uma hipotética ordem de prisão, nenhum inquérito judicial.
Com estas trocas, o PS ameaça controlar a banca privada e pública. Tudo isto enquanto a banca continua a ter chorudos lucros enquanto a crise se acentua no povo português. Quanto maior é a crise mais os bancos ganham.
E nós continuamos a “abençoar” este projecto governativo, político e económico!!!

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Natal

Algum descanso

Está a chegar o natal, e com ele a minha impossibilidade de continuar, por alguns dias a postar algo por estes lados. Não que o interesse tenha desaparecido. Não. Mas vou ficar alguns dias longe da net. Descanso precisa-se!
Também não farei muita falta. Praticamente só eu é que leio os meus textos. Por isso a minha ausência só a mim fará falta. Mas vou suportar por amor à causa: meia dúzia de dias de férias.

A todos os que entretanto passarem por aqui, desejo umas festas felizes, se tiverem oportunidade.
Aos que a sorte não inclui nos seus planos, tentai juntar-vos aos outros, aos sortudos, se eles vos deixarem. Também não sei mais, por agora, o que poderia fazer por vós.

Se mais tarde quiserem continuar a aparecer para lerem mais umas calinadas e burrices, ou melhor, alguns tiros aos cucos, apareçam. Mal não fazem e eu também não vos expulso.


Feliz Natal

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quarta-feira, 19 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Borlix

Novos santos populares

Hoje foi mais um dia de festa em Lisboa. O metro cresceu, o metro ofereceu. Mais um dia de borla. Em muito pouco espaço de tempo, dois dias de borla. Foi no dia da assinatura do tratado de Lisboa e hoje. Parece que cada vez que há algo de importante em Lisboa há viagens grátis. Pena que seja só em Lisboa. Por este andar vamos ter muita gente a torcer para que haja muitas inaugurações, tratados, festas. Os tradicionais santos populares vêem-se ultrapassados e sem capacidade de rivalizar com esta nova geração e categoria de santos: Os Sócrates, os Linos, os Amados,… Vamos cantar: Sto António Já se acabou; o S. pedro está-se a acabar; S. João, S. João, S. João; dá cá uma borla para viajar…
Tudo bem! Quer tirar feriados? Tire! Quer mandar Portugal para as ortigas? Mande! Quer gozar connosco? Goze! Quer dar-nos transportes borlix? Dê! Nós esquecemos por um momento as agruras da vida: os preços a subir, os ordenados a estagnar, o desemprego desenfreado, os impostos, as taxas de juro, o crescimento dos bancos paralelo ao amento da pobreza e dos pobres. E quem sabe, até aplaudimos, como a criança que recebe um bombom.
Esperamos é que a Carris não nos venha no fim do ano atirar à figura os milhões perdidos nestes dois dias, ou que o governo aproveite para nos tirar mais uma nota.

PS: Não me importo nada de utilizar os transportes públicos à borlix.

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Post By: Jiji

Avé Maria

Para relaxar

Recebi esta prenda, esta maravilha. Apreciem também vós: Avé Maria em ritmo Samba. Prova de que todos os meios são bons...

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domingo, 16 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

As minhas maravilhas

Desconcertante

Há alguns meses, fez-se uma votação, pela net, a nível mundial sobre as maiores maravilhas mundiais. Também se fez a nível de Portugal. Claro que a iniciativa foi muito controversa.
Primeiro porque nem todos achavam graça que se decidissem essas coisas a nível mundial. As candidaturas de um país estariam muito mais favorecidas quanto maior fosse a sua população (no sentido de que os habitantes de um país votariam maioritariamente num monumento seu!).
Segundo porque, decorrendo da desconfiança da primeira, nem todos aprovaram o resultado.
Devo dizer que já não me lembra do resultado e se me perguntarem quem ganhou ou quem são as 10 melhores, não saberei dizer. Não sei mesmo as de Portugal. Isto já demonstra o meu interesse por essas coisas.
No entanto eu sei bem, para mim quais são as maiores maravilhas do mundo. Não tenho a pretensão de serem comuns a todos. De uma coisa estou certo: são muito simples, poucos se lembrarão delas, mas sem elas a nossa vida seria completamente diferente, senão uma grande miséria.
E passo a proclamá-las. Fico por sete, mas como deveis imaginar há muitas mais na mesma linha:
1. Ver
2. Ouvir
3.
Sentir
4.
Sorrir
5.
Tocar
6.
Provar
7.
Amar
Não trocava nenhuma destas maravilhas por qualquer monumento que me dessem.
Agora escolhei vós.

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sábado, 15 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Personalidade

A vida é complicada

"Ninguém nasce com a personalidade já formada. Cada ser dado ao mundo é apenas um esboço. Mas é, si­multaneamente, um foco de iniciativas, um centro de cons­truções, que se vai auto-modelando e enriquecendo por aquisições ambientais. A personalidade que seremos, será também obra e responsabilidade nossa. A inteligência e vontade desempenham na sua evolução um papel prima­cial.” Augusto Saraiva

Eu estou completamente de acordo. No entanto parece-me que muitas vezes exigimos dos outros, e até de nós mesmos, como se desde a mais pequena idade a nossa personalidade fosse adulta de 50 anos. Por outro lado há também aqueles que dão continuamente férias à inteligência e à vontade, o que faz deles eternas crianças, mesmo com 60 anos.
A vida é complicada não é?

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quinta-feira, 13 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Pensem nisso

Confiar é preciso

Tenho desleixado um pouco este espaço. O meu tempo é sempre curto.
Não são os temas que faltam, é quase sempre a falta de tempo. Mas hoje aqui vai mais uma farpa.
É impressionante a falta de confiança de algumas pessoas. Não há estatísticas sobre o assunto, mas eu quase me convenço que a maioria das pessoas não confia nos outros.
É verdade que há muitos enganos na política, na solidariedade, na caridade, na ajuda humanitária, no emprego, no lar, na escola,… e muitas vezes até prometemos nunca mais nos deixarmos enganar. Mas, não podemos tornar o nosso mundo impossível. Sem confiança a nossa vida é um inferno, um abandono, uma solidão terrível.
Nós precisamos confiar nos outros, na sinceridade das suas palavras, na honestidade dos seus gestos e atitudes, na simplicidade das suas posições, na humildade dos seus arrependimentos. Precisamos confiar para acreditarmos que a nossa vida vale a pena, é útil. Quem não confia não age, fica passivo, amorfo.
Confiar nos outros é esperar um mundo diferente, melhor.
Pensem nisso.

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sábado, 8 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Traidores e cúmplices

Desfile de dinossauros

“Lisboa nunca foi tão mal frequentada” como neste fim de semana.
Foram buscar os maiores assassinos, exploradores, torcionários, cínicos do continente africano e associaram-nos aos maiores passivos, interesseiros, permissivos, Pilatos, judas e outros que tais, Europeus.
Se separados cada um reivindica o qualificativo pior, agora imaginem todos juntos, o explosivo que dá.
O nosso governo gloria-se desta cimeira, da sua organização, da participação, dos assuntos a tratar, das parcerias a decidir,.. Ok! tudo bem! Até posso estar de acordo. Mas agora digam-me: E o Homem no meio disso tudo? Onde está a PESSOA, a Humanidade? Onde está o Homem se as relações comerciais não são justas nem igualitárias? Se os acordos bilaterais servem os interesses de uma ínfima minoria? Se a maioria da população da maioria destes países continua a viver na miséria?
Digam-me para que vale todo este aparato se a minha aldeia foi destruída e tive que fugir e vivo da assistência alheia? Se estou na prisão porque reclamei igualdade de tratamento para o meu irmão que o do Sr. Ministro? Se não posso cultivar os meus campos por causa da guerra? Se não posso ter os medicamentos que a minha crise de malária exige, porque não há? Se a minha velhice é um drama porque não tenho assistência alguma, nem reforma, nem subsídios, e as forças me faltam?
Enquanto os direitos humanos não estiverem no centro de toda e qualquer conversação, acordo, parceria, cooperação, não haverá igualdade, liberdade, democracia e desenvolvimento. Podem vangloriar-se, apelar a todos os méritos e valores, dar mil desculpas e outras tantas razões, no entanto os presos políticos continuarão presos; os famintos continuarão a morrer de fome; os refugiados continuarão prisioneiros da ajuda solidária e dependentes; os idosos continuarão a morrer na miséria e no abandono; eles continuarão a perpetuar-se no poder, na corrupção, no enriquecimento, na violação dos direitos fundamentais de cada pessoa; e nós continuaremos a ser cúmplices deles, traidores da humanidade; a vender a nossa dignidade por um punhado de dólares ou euros.

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Darfur

Dever político

Aí está a cimeira Europa – África.
Os mass média nãoparam, com a chegada das delegações e iniciativas da sociedade civil a chamar a atenção para um ou outro aspecto.
Tem vindo a fazer correr alguma tinta, a campanha por Darfur com várias iniciativas ao longo destes últimos meses, chamando a atenção da classe política e da socidade civil para esse drama humanitário.
Algumas vozes têm alertado para a probabilidade da cimeira passar ao lado destes problemas fundamentais da nossa humanidade para se centrar unicamente em relações comerciais entre os dois continentes.
É verdade que a Europa e a África estão ainda muito separadas. Mas se há alg o que as une intrinsecamente é a questão humana, a pessoa. Deixar esquecida esta realidade na cimeira é perder uma oportunidade única de fazer avançar a questão dos direitos humanos.
É preciso não ter medo de falar claro, de melindrar alguns dirigentes, se for necessário. É preciso atirar um pedra para o charco e fazer remover as águas.
O darfur precisa, e é nosso dever, e vosso também, políticos.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007 Post By: Jiji

Ditaduras

Direita ou esquerda, é escolher

Rússia e Venezuela parecem dois países totalmente opostos e diferentes. Mas têm muito em comum. No passado foram governados por ditadoras, uma de esquerda comunista (Rússia), outra de direita fascista (Venezuela).
Ambos alcançaram uma certa liberdade, nos últimos anos. Pelo menos uma liberdade como nós, ocidentais, a idealizamos.
Hoje os dois países manifestaram-se no sentido de voltar ao antigo, isto é, perpetuar um governo, e até uma só pessoa no governo, por tempo indeterminado.
Na Venezuela, o presidente fica com poderes mais amplos e pode candidatar-se a quantos mandatos quiser. Na Rússia o Presidente transforma-se agora e primeiro ministro. Sabe-se que segundo a constituição Russa, quem tem o verdadeiro poder é o presidente. No entanto ninguém duvida que proximamente será o primeiro ministro (Putin) quem governará realmente.
Este movimento social e político não é novo, é verdade. E parece que está a dar bons resultados e para durar. Até já o presidente brasileiro Lula da Silva pensa (segundo os mass média) de propor um referendo para ver a possibilidade de mudar a constituição do país para alterar as regras eleitorais e poder candidatar-se para um terceiro mandato.
Isto é só um pensamento (dizem!). Mas nós sabemos que é sempre o primeiro passo para se seguir em frente nessa linha.
Quem fica a perder é sempre o povo. Infelizmente.

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sexta-feira, 30 de novembro de 2007 Post By: Jiji

Greves

Concordâncias

Mais uma greve! Mais uma guerra de números! Quantos? Quem?
Sindicatos e governo nunca estiveram de acordo, e também não foi desta vez. 80% para os sindicatos. 20% para o governo. No fundo, embora pareça o contrário, os números concordam. Para os sindicatos, os que não fizeram greve não pertencem à função pública. Para o governo, são os que fizeram greve que não pertencem a essa classe “privilegiada”.
Conclusões:
1.
isto só vem dar razão àqueles que afirmam que ninguém sabe quantos funcionários há na função pública;
2. que a função pública tem mais pessoal para os sindicatos que para o governo;
3. os trabalhadores que se cuidem. Alguns pensam que trabalham para o país, e não. São privados…
4. que governo, sindicatos, trabalhadores da função pública brincam com a gente como se fossemos todos estúpidos
Conclusão final:
é preciso melhorar o nível de vida de todos os portugueses e não só destes funcionários; que é preciso (mas desde há muito tempo) reestruturar a função pública; e que o nosso país está uma…. Porcaria!
Vamos em frente