o óbvio
Oxalá me engane!
O Banco Espírito Santo (BES) acaba de publicar os seus resultados do ano de 2007. Mais de 600 milhões de euros de lucro, e uma subida de 44% em relação a 2006.
Fantástico!!! Dizeis vós! E se calhar eu também. Ainda bem para eles. Eu não fico com inveja do sucesso dos outros. A não ser que esse sucesso seja à custa do sacrifício, da perda, de outros.
E parece que é o caso.
Atenção, o que escrevo aqui não se aplica só ao BES, mas a todos os bancos (pelo menos os portugueses, na certeza porém de que serão quase todos iguais.
Os bancos anunciam os seus lucros, sempre maiores. Ao contrário o poder de compra e o nível de vida dos portugueses vai de mal a pior. Pelo menos é o que todos os analistas políticos, sociais e económicos afirmam. Quem sou eu para os contradizer?
Então uma conclusão óbvia tem que se tirar: quanto mais os portugueses se afundam, mais os bancos lucram. Quer dizer que os bancos dão-se bem com a crise económica!
Se quisermos ser dramáticos tiramos outra conclusão: já que os bancos lucram com a crise, e que são eles os primeiros responsáveis do desenvolvimento e do resolver da crise, à priori, não terão nenhum motivo para resolver a dita crise. Quer dizer que deles não temos que esperar nada.
Estamos numa linda alhada.
Estas conclusões podem não ser válidas nem verdadeiras (aceito); mas têm lógica (Oxalá que me engane).
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