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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Mais taxas

Vergonha

Recebi hoje um mail a dizer que os bancos vão cobrar uma “taxa” aos seus clientes, cada vez que estes levantarem dinheiro pelas caixas ATM. Fui informar-me e parece que é verdade! E parece que não é nada pouco! É 1,50€ por cada operação que vai engrossar os lucros da banca Portuguesa. Como se já não bastasse o que eles ganharam e continuam a ganhar.
Claro que nenhum cliente gostará de pagar essa taxa. Claro que a decisão foi tomada unilateralmente pelos bancos. Então é porque eles têm esse poder. Se o não têm, pensam que sim.
Corre uma petição online que parece ter já recebido mais de 200.ooo assinaturas. Será que vale a pena? Eu penso que sim e já assinei. Não custa nada. Mesma que não valha nada também não perdi nada. Mas se valer, ah!, então fiz bem.
Por vezes o que nos custa é mobilizar-se por uma causa. Esta parece-me uma boa causa, e justa.

“Os bancos preparam-se para nos cobrarem 1,50 Eur por cada levantamento nas caixas ATM.
Isto é, de cada vez que levantar o seu dinheiro com o seu cartão, o banco vai almoçar à sua conta . Este 'imposto' (é mesmo umaimposição, e unilateral) aumenta exponencialmente os lucros dos bancos, que continuam a subir na razão directa da perda de poder de compra dos Portugueses. Este é um assunto que interessa a todos os que não são banqueiros e não têm pais ricos.
Quem não estiver de acordo e quiser protestar, assine a petição e reencaminhe a mensagem para o maior número de pessoas conhecidas”.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Velhos

Quem entender que entenda!

A população portuguesa está a ficar velha. Pelo menos é o que dizem os dados do Instituto nacional de estatística no último relatório respeitante aos últimos 7 anos. Cada vez nascem menos crianças e aumenta a esperança de vida.
O presidente da república já no seu discurso de ano novo alertou para o problema da baixa de natalidade em Portugal. Ninguém fez caso. A notícia passou em rodapé nos jornais televisivos.
Ora nestes últimos dias têm-se dado ênfase à notícia sobre os abortos em Portugal. Porquê? Pelo facto de não terem atingido o número que estava previsto. Como se estivéssemos num concurso ou competição em que é obrigatório atingir determinado número.
Por um lado temos deficiência de nascimentos e ninguém dá relevância ao caso. Por outro temos abortos a menos do que o previsto e sai em todos os meios de comunicação como se estivéssemos a falhar objectivos.
Realmente custa a entender. Mas é verdade!

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

É triste

ponta do iceberg

Tem razão o nosso presidente da república quando chama a atenção para a nossa justiça. Mas pode alargar a lista às forças policiais e de investigação, que não lhe fica nada mal.
A arquivação da agressão ao Sr. Bexiga, ex-autarca de Gondomar, e as perdas das escutas telefónicas no julgamento do Major Valentim Loureiro afloram os limites do ridículo e da estupefacção. Fica-se com a impressão de que em Portugal tudo é possível. E de certo até é. Mas é um descaramento desconcertante. E ninguém faz nada. Vamos ao sabor do vento, sem vontade, ou sem poder, para construirmos para ventos ou barreiras anti vento.
Estes e outros exemplos são a pequena ponta do iceberg que é a nossa justiça, a impunidade de quem tem uns “carcanhois”. Nós, pouco podemos fazer, e quem pode assobia para o lado.
É triste sim senhor!

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Circo do mundo

Lista negra

Quénia, Chade, Moçambique,… mais nomes para a “lista negra” das situações dramáticas vividas por milhares de homens e mulheres, crianças e idosos, jovens e adultos. Situações que, por momentos, fazem desviar os olhos de outras não menos dramáticas como o Darfur, o Afeganistão, o Iraque, Palestina.
A lista parece não ter fim, e quando nalgum lugar se nota uma melhoria, e uma réstea de esperança aparece, logo surge outra a desmentir a primeira e a repor as coisas na “normalidade”.
É impressionante a capacidade maléfica da humanidade. É assustadora a criatividade do Homem para gerar conflitos, insegurança, guerras, para dizimar populações inteiras. Em nome de quê? De quem?...
Pode-se destruir num minuto o que demorou anos e anos a construir. É o que acontece com estes focos de tensão. As estruturas, os sistemas, os meios humanos e materiais, … tudo fica desfeito. É preciso recomeçar. Um recomeço que em alguns países é contínuo ou um eterno recomeço, como no Chade por exemplo.
Até parecem acções concertadas, tipo terrorismo. Melhora num lado, começa no outro. É o circo de entretimento: tem que haver sempre algum número para ocupar, e quando um começa a já não ter graça, substitui-se por outro. É o que parece estar a acontecer no mundo: um grande circo.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Regicídio

Bravo Sr. presidente

Cem anos! É verdade, um século se passou desde o “regicídio”. Em 1 de Fevereiro de 1910 morria, assassinado, o rei D. Carlos e o seu filho, herdeiro. Foi, dizem, o primeiro passo para a república.
Duas atitudes políticas, diferentes entre si, caracterizaram hoje, em relação ao acontecimento, dois dos nossos órgãos de soberania:
O parlamento não aprovou um voto de pesar pelo assassínio do rei, com desculpas de que não cabe ao parlamento fazer juízos sobre a história, ou que seria um voto contra a república.
O presidente da república inaugurou uma estátua do rei.
Duas atitudes diferentes entre si, que manifestam o estado de espírito de cada um dos órgãos de soberania, e sobretudo olhar de cada um sobre a nossa história.
Não sou monárquico, mas não posso apagar séculos de história da monarquia em Portugal. Posso não estar de acordo, como também não estou com a ditadura, mas faz parte da nossa história.
Imaginem que quiséssemos apagar da nossa memória colectiva e dos nossos compêndios escolares que D. Afonso Henriques mandou prender a mãe; que estivemos 60 anos sob domínio espanhol; que tivemos guerras civis; que fomos ajudados por Ingleses contra os franceses porque sozinhos não fomos fortes o suficiente; que tivemos a guerra colonial; que estivemos 50 anos sob ditadura de direita; que quase ficávamos sob uma ditadura de esquerda; etc. etc.
Se fossemos a recordar só os bons acontecimentos talvez hoje não estivéssemos aqui ou não fossemos o que somos.
Por isso Bravo Sr. presidente (não creio que seja monárquico!), e infelizes parlamentares (curtos de espírito!)