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segunda-feira, 29 de outubro de 2007 Post By: Jiji

Intocáveis

O sistema de castas à portuguesa

Conhecia a divisão de castas da sociedade da India. Aí existem os intocáveis: os últimos da sociedade, os que não têm direitos, são os escravos de todos.
Agora descobri que Portugal também está organizado em sistema de castas; e aí também existe os intocáveis.
Só que aqui é ao contrário, os intocáveis são aqueles que estão acima da lei, a quem tudo é permitido (mas só a eles!). Tomamos conhecimento há dias dos empréstimos do BCP a filhos de administradores e perdão de dívidas avultadas. Agora são administradores do banco de Portugal que tiveram direito às mesmas regalias “para comprar casa”. Coitados, não ganham o suficiente para pagar do bolso deles!!! Claro que é sempre melhor utilizar o dinheiro dos outros, mesmo que se ganhe milhões cada mês.
Senhores tenham vergonha. Não nos venham com cantigas de crise e de apertar o cinto. Não sejam hipócritas. Sejam Homens com letra grande se “os” tiverem no sítio.

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quinta-feira, 25 de outubro de 2007 Post By: Jiji

AZ.FM

Coração ao largo

Hoje fui a uma entrevista!
Não para trabalho, isso é o que menos me falta, mas para falar do Darfur.
A rádio era no 8º andar de um prédio - centro comercial, o estúdio era um cubículo onde nos entalámos 7 pessoas bem apertadinhas. Outras tantas ficaram á porta e no corredor a ouvir a conversa. Uma hora!
Uma hora a falar do Darfur!!! Como é que há tanta coisa a falar sobre isso. Ninguém conhece, não nos diz respeito, não interfere com a nossa felicidade, …
Bom, talvez não seja bem assim. Para o grupo de jovens que estava comigo diz muita coisa. Estão interessados para eles e com vontade de fazer conhecer aos outros.
Não foi nada de especial, mas saí de lá com mais vontade de continuar esta campanha pelo Darfur, e com o coração mais quente, mais largo, mais aberto.
Interessa-te aqui e aqui

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terça-feira, 23 de outubro de 2007 Post By: Jiji

Triste

Mexilhão

É triste quando não se sabe o que fazer. Mais triste ainda quando isso acontece e uma pilha de tarefas nos espera. Perde-se o tempo indeciso tentando tomar uma decisão sobre o trabalho que se segue.
Então vai-se para a aqui, para ali, muda-se uma planta, limpa-se uma mancha de pó, passa-se milhentas vezes a mão pela cara e não sei quantas pelo cabelo (para quem tem claro!). nem o jornal desperta a atenção.
É noite, preciso de trabalhar, mas parece que o trabalho não me quer, ou não precisa de mim. São os desencontros laborais. Como estes entre os pilotos da aviação civil e a TAP.
Coitados dos homens não ganham nada e ainda lhe s querem tirar o pouco que ganham!
Coitado é do mexilhão! É sempre ele que se lixa!
É! Quando a gente não sabe o que fazer, e enquanto toma uma decisão, tem destes pensamentos malvados.
Vai mas é trabalhar!!!!!

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terça-feira, 16 de outubro de 2007 Post By: Jiji

Vergonha

Darfur esquecido

Continua a ser uma realidade. A maioria dos Portugueses não conhece ou não se interessa pelo Darfur. a prova foi dada no último fim de semana em Fátima. Ouvi algumas pessoas e li no jornal o Público (parece que foi o único órgão de informação que deu a notícia). Um grupo de jovens fez uma campanha de assinaturas pelo Darfur.
No meio de centenas de milhares de “cristãos”, á priori, gente solidária, caridosa e caritativa, alcançaram a “proeza” de conseguirem 400 assinaturas. Se as minhas fontes não fossem fidedignas, não acreditaria. Encontrei também no blog Fé e Missão, algumas das respostas que as pessoas davam quando interpeladas. Devia ter sido bonito de ouvir.
Não quero culpar ninguém. Se calhar até nem são as pessoas elas próprias as maiores culpadas. Afinal que devia instrui-las, informá-las? Nós, os formados? Os Mass Média? Os nossos políticos e governantes? As organizações humanitárias mundiais? Certamente todos.
O certo é que o Darfur, apesar das centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados, continua a não ter peso nos nossos meios de informação e por isso, não tem presença na nossa sociedade. Continuamos, isso sim, a deleitar-nos com o Iraque, a Birmânia, o Afganistão, o Kosovo… ora todos estes juntos não chegam aos calcanhares do s úmeros do Darfur.
Assim vai a vida

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quarta-feira, 10 de outubro de 2007 Post By: Jiji

Darfur

Indigestões e congestões

A minha amiga Elsa é que empurra para a frente: DARFUR!
Quem é que já ouviu falar? Quem se interessa minimamente?
Talvez um pequeno punhado de gente, meia maluca, que não tem nada para fazer.
Talvez! Talvez, não sei.
O problema existe! Eu fui-me informar.
Então porque é que pouco se fala disso?
Meio milhão de mortos? Dois milhões e meio de refugiados? Quatorze mil funcionários da ONU e das organizações humanitárias no terreno?
E nós passamos a leste?
Muito mal está o nosso país, os nossos média.
Ah! Provavelmente temos medo de apanhar uma indigestão.
Talvez apanhemos é uma congestão de ignorância e de indiferença.

Por isso aqui fica o meu voto pelo DARFUR

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domingo, 7 de outubro de 2007 Post By: Jiji

Guerras de palavras

Insultos e maiorias absolutas

Hoje estou cansado. Foi um domingo de muita viagem e agitação.
Fui visitar a minha mãe ao IPO do Porto. Está cada vez pior.
Na viagem ouvi o nosso Eng. José Socrates (para todos os efeitos ele é Engenheiro), e também primeiro-ministro, acusar o PCP de manipular os manifestantes em Montemor-o-velho e de provocar os insultos que, segundo ele, lhe foram dirigidos. Alguém do PCP veio em defesa dos manifestantes acusando Sócrates de estar nervoso.
Nervoso? Façam-me entender, como é que alguém que é primeiro-ministro de um país, onde o partido que apoia o governo continua na crista da onda das sondagens e porventura teria maioria absoluta se houvesse eleições, pode estar nervoso?
O sr. Jerónimo de Sousa permite-se dizer que se todos os manifestantes fossem comunistas o PCP teria a maioria absoluta. Mas será que ele continua convencido que os manifestantes são maioria absoluta?
Desculpem-me, perante isto, eu que até nem sou muito Sócrates (embora tenha um fraquinho pelo PS) tenho que admitir que o homem pode estar a fazer um bom trabalho.
Claro nem todos estão de acordo comigo. Mas isso também não interessa para nada.