Dor de cabeça
Saia uma aspirina
Uma dor de cabeça pode não ser nada, mas pode também ser muito. Tudo depende da pessoa, da sua disposição, das suas relações com os outros e com o ambiente. Depende também se é habitual ou rara.
As palavras dos nossos ministros são como a dor de cabeça. Dor de cabeça, são sempre, agora são mais forte ou mais fraca dependendo de muitos factores: pertença partidária é o primeiro. Depois vem a capacidade de sofrimento de cada um, o momento do dia ou da noite, a posição que se ocupa na estrutura sócio-política, situação profissional, etc., etc. Há gente com mais capacidade do que outra.
Quando o nosso primeiro-ministro diz que tem todas as razões para acreditar que 2008 será melhor que 2007 e que cada ano que passa desde que foi eleito tem sido sempre melhor que o anterior, não tenho dúvidas de que é uma tremenda dor de cabeça. Pelo menos para mim.
Porque se 2008 for melhor como 2007 foi melhor que 2006 e assim sucessivamente recuando no tempo, vou ali já venho.
Eu queria acreditar, ou melhor, ter um pouco de esperança que as palavras do nosso primeiro se concretizassem na realidade. Isto é, gostaria que a minha dor de cabeça fosse pequena. É que eu não tenho muita capacidade de sofrimento. E como eu há milhares, senão milhões.
Já agora, venha daí uma aspirina. Nunca se sabe!
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