Ateísmos
O maior drama da humanidade
Foi-me aconselhado por um amigo, numa conversa corriqueira, ler a homilia do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, do dia de Natal 2007. Passo por cima de todos os sentimentos que em mim despertou, eu um católico convicto. Não posso, é deixar de continuar a pensar numa frase fundamental, ponto de partida, me parece, de todo o raciocínio do Cardeal. Até porque o mesmo pensamento começa e termina a homilia. É esta a frase: “Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade”. A guerra, a fome, as epidemias, catástrofes? Nada disso se compara.
Como compreender uma afirmação destas? Quem sou eu para contradizer o Cardeal?
Por mais voltas que dê à cabeça, só posso compreender uma afirmação destas se o cardeal entende que a fome, a guerra, as injustiças, as epidemias, … são resultados deste ateísmo; se o ateísmo for a “mãe” ou o “pai” de todos os “males” que atingem a humanidade. Embora aí me custe engolir a situação daqueles que matam e destroem em “nome de Deus”. Será isso melhor do que as “formas de ateísmo”? Será somente o ateísmo a conduzir à guerra? À fome? … não será muitas vezes a intolerância daqueles que se dizem crentes (de todas as confissões religiosas)?
Fique-se sr. Cardeal! Não posso concordar consigo.
Mesmo assim, tenha um bom ano 2008
Postar um comentário