Escolas ao rubro
Mal estar estudantil e professoral
É impressionante como o tempo passa. Um mês! Sim, um mês p+assado desde o último post. Onde tenho estado com a cabeça? Comprometi-me a escrever regularmente, e é o que se vê.
As nossas escolas estão em pé de guerra.
Falso! Não há mais violência do que antes. O que se passa é que agora sabe-se mais. Há mais meios e ao dispor de todos para a divulgação. Senão veja-se o caso da escola Carolina Michaëlis: a professora e a aluna andaram às turras já há dias, e não se soube de nada. O simples gesto de alguém ter posto as imagens na net desencadeou uma onda de informação e reacções que ainda não se sabe muito bem onde isto vai parar. Senão fosse esse simples gesto, continuaríamos hoje ignorantes e pacatos na nossa vida quotidiana amanteigada e doce.
Agora os jornais, rádios e TV não param de desencantar exemplos como o do Porto. Surgem como cogumelos. Até parece que tudo acontece agora.
Que fizeram os conselhos executivos, o ministério da educação, aquando dos actos de violência entre alunos, de alunos contra professores ou pessoal educativo ou de acção escolar, de professores contra alunos, etc? Ah!!! Diz-se que a escola tomou as devidas precauções, castigos, decisões educativas, … e outros que tais. Parece que não tem dado muito resultado.
O que se passa é um crescendo de desresponsabilização dos pais e encarregados de educação. Estes vêm progressivamente abdicando da sua responsabilidade, depositando-a nos professores que devem fazer de professores, pais, educadores, advogados e juízes. E que faz o MdE para os proteger? Para lhes dar os meios necessários ao bom desempenho da sua profissão? Para responsabilizar alunos e pais? Os professores, por outro lado, estão constantemente a ser desautorizados. Obrigam-se a muitas responsabilidades, mas quando as exercem são contestados, desautorizados, condenados, marginalizados.
Viva a anarquia!
Acredito que seja difícil. Basta estar ouvir alguns desabafos de presidentes ou outros responsáveis das associações de encarregados de educação. Às reuniões “ninguém” aparece, bastas as vezes nem mesmo os professores da escola que aí têm os seus filhos. Os pais não sabem o que se passa na escola porque os filhos não lhes contam e eles também não têm tempo para os ouvir.
Meus senhores, que tendes responsabilidades e poder: dêem meios aos professores, responsabilizem os pais e os alunos. Todos sabem o que querem e o que fazem. Construamos um povo educado, responsável e respeitador. Nós não somos maus; precisamos é de ser podados nalguns galhos mais rebeldes.
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