sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Hipocrisia
Benazir Bhutto foi assassinada. Uma das poucas mulheres no mundo que conseguiu fazer frente a um mundo dominado por homens e lutar por um pouco de democracia.
Foi primeiro-ministro do seu país, o Paquistão. Não teve grande sucesso, seja pela sua inépcia que pela argúcia dos seus adversários. Há muitos anos em prisão domiciliária, ou residência vigiada, como lhe queiram chamar. Esteve no exílio. Foi prémio Nobel da paz, justamente por lutar contra o totalitarismo com uma metodologia pacífica. Era a líder da oposição paquistanesa e preparava-se para se apresentar às próximas eleições. Conhecendo a situação política do país, não foi uma grande surpresa o seu assassinato.
Quem a matou? Quais serão as consequências? Podem ser mantidas as eleições, num país que está agora com níveis de violência quase semelhantes aos do Iraque?
A comunidade internacional foi unânime em condenar este acto. No entanto que fez ela até agora? Porque tolerou o seu afastamento do poder? Porque apoiou o homem que a destituiu? É fácil agora condenar, mas não era esta uma saída previsível para eliminar uma oposição ao actual presidente?
Hipocrisia! Tudo é hipocrisia!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Impunidades
O BCP, o maior banco privado Português, está de pantanas. Milhões de euros desviados, empréstimos não reembolsados, milhares de prejuízo, equipa administrativa demissionária, guerrilhas internas, …
O governo lavou daí as mãos, talvez por interesse; o banco de Portugal, entidade controladora e fiscalizadora, fechou os olhos, com que interesse?
O que é certo é que se vai preso por roubar alguns euros, e estes senhores que ROUBAM milhões ninguém os incomoda. Depois de toda esta trapalhada ainda não se ouviu nada sobre uma hipotética ordem de prisão, nenhum inquérito judicial.
Com estas trocas, o PS ameaça controlar a banca privada e pública. Tudo isto enquanto a banca continua a ter chorudos lucros enquanto a crise se acentua no povo português. Quanto maior é a crise mais os bancos ganham.
E nós continuamos a “abençoar” este projecto governativo, político e económico!!!
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Algum descanso
Está a chegar o natal, e com ele a minha impossibilidade de continuar, por alguns dias a postar algo por estes lados. Não que o interesse tenha desaparecido. Não. Mas vou ficar alguns dias longe da net. Descanso precisa-se!
Também não farei muita falta. Praticamente só eu é que leio os meus textos. Por isso a minha ausência só a mim fará falta. Mas vou suportar por amor à causa: meia dúzia de dias de férias.
A todos os que entretanto passarem por aqui, desejo umas festas felizes, se tiverem oportunidade.
Aos que a sorte não inclui nos seus planos, tentai juntar-vos aos outros, aos sortudos, se eles vos deixarem. Também não sei mais, por agora, o que poderia fazer por vós.
Se mais tarde quiserem continuar a aparecer para lerem mais umas calinadas e burrices, ou melhor, alguns tiros aos cucos, apareçam. Mal não fazem e eu também não vos expulso.
Feliz Natal
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Novos santos populares
Hoje foi mais um dia de festa em Lisboa. O metro cresceu, o metro ofereceu. Mais um dia de borla. Em muito pouco espaço de tempo, dois dias de borla. Foi no dia da assinatura do tratado de Lisboa e hoje. Parece que cada vez que há algo de importante em Lisboa há viagens grátis. Pena que seja só em Lisboa. Por este andar vamos ter muita gente a torcer para que haja muitas inaugurações, tratados, festas. Os tradicionais santos populares vêem-se ultrapassados e sem capacidade de rivalizar com esta nova geração e categoria de santos: Os Sócrates, os Linos, os Amados,… Vamos cantar: Sto António Já se acabou; o S. pedro está-se a acabar; S. João, S. João, S. João; dá cá uma borla para viajar…
Tudo bem! Quer tirar feriados? Tire! Quer mandar Portugal para as ortigas? Mande! Quer gozar connosco? Goze! Quer dar-nos transportes borlix? Dê! Nós esquecemos por um momento as agruras da vida: os preços a subir, os ordenados a estagnar, o desemprego desenfreado, os impostos, as taxas de juro, o crescimento dos bancos paralelo ao amento da pobreza e dos pobres. E quem sabe, até aplaudimos, como a criança que recebe um bombom.
Esperamos é que a Carris não nos venha no fim do ano atirar à figura os milhões perdidos nestes dois dias, ou que o governo aproveite para nos tirar mais uma nota.
PS: Não me importo nada de utilizar os transportes públicos à borlix.
Post By: Jiji
Para relaxar
Recebi esta prenda, esta maravilha. Apreciem também vós: Avé Maria em ritmo Samba. Prova de que todos os meios são bons...
domingo, 16 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Desconcertante
Há alguns meses, fez-se uma votação, pela net, a nível mundial sobre as maiores maravilhas mundiais. Também se fez a nível de Portugal. Claro que a iniciativa foi muito controversa.
Primeiro porque nem todos achavam graça que se decidissem essas coisas a nível mundial. As candidaturas de um país estariam muito mais favorecidas quanto maior fosse a sua população (no sentido de que os habitantes de um país votariam maioritariamente num monumento seu!).
Segundo porque, decorrendo da desconfiança da primeira, nem todos aprovaram o resultado.
Devo dizer que já não me lembra do resultado e se me perguntarem quem ganhou ou quem são as 10 melhores, não saberei dizer. Não sei mesmo as de Portugal. Isto já demonstra o meu interesse por essas coisas.
No entanto eu sei bem, para mim quais são as maiores maravilhas do mundo. Não tenho a pretensão de serem comuns a todos. De uma coisa estou certo: são muito simples, poucos se lembrarão delas, mas sem elas a nossa vida seria completamente diferente, senão uma grande miséria.
E passo a proclamá-las. Fico por sete, mas como deveis imaginar há muitas mais na mesma linha:
1. Ver
2. Ouvir
3. Sentir
4. Sorrir
5. Tocar
6. Provar
7. Amar
Não trocava nenhuma destas maravilhas por qualquer monumento que me dessem.
Agora escolhei vós.
sábado, 15 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
A vida é complicada
"Ninguém nasce com a personalidade já formada. Cada ser dado ao mundo é apenas um esboço. Mas é, simultaneamente, um foco de iniciativas, um centro de construções, que se vai auto-modelando e enriquecendo por aquisições ambientais. A personalidade que seremos, será também obra e responsabilidade nossa. A inteligência e vontade desempenham na sua evolução um papel primacial.” Augusto Saraiva
Eu estou completamente de acordo. No entanto parece-me que muitas vezes exigimos dos outros, e até de nós mesmos, como se desde a mais pequena idade a nossa personalidade fosse adulta de 50 anos. Por outro lado há também aqueles que dão continuamente férias à inteligência e à vontade, o que faz deles eternas crianças, mesmo com 60 anos.
A vida é complicada não é?
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
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Confiar é preciso
Tenho desleixado um pouco este espaço. O meu tempo é sempre curto.
Não são os temas que faltam, é quase sempre a falta de tempo. Mas hoje aqui vai mais uma farpa.
É impressionante a falta de confiança de algumas pessoas. Não há estatísticas sobre o assunto, mas eu quase me convenço que a maioria das pessoas não confia nos outros.
É verdade que há muitos enganos na política, na solidariedade, na caridade, na ajuda humanitária, no emprego, no lar, na escola,… e muitas vezes até prometemos nunca mais nos deixarmos enganar. Mas, não podemos tornar o nosso mundo impossível. Sem confiança a nossa vida é um inferno, um abandono, uma solidão terrível.
Nós precisamos confiar nos outros, na sinceridade das suas palavras, na honestidade dos seus gestos e atitudes, na simplicidade das suas posições, na humildade dos seus arrependimentos. Precisamos confiar para acreditarmos que a nossa vida vale a pena, é útil. Quem não confia não age, fica passivo, amorfo.
Confiar nos outros é esperar um mundo diferente, melhor.
Pensem nisso.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Desfile de dinossauros
“Lisboa nunca foi tão mal frequentada” como neste fim de semana.
Foram buscar os maiores assassinos, exploradores, torcionários, cínicos do continente africano e associaram-nos aos maiores passivos, interesseiros, permissivos, Pilatos, judas e outros que tais, Europeus.
Se separados cada um reivindica o qualificativo pior, agora imaginem todos juntos, o explosivo que dá.
O nosso governo gloria-se desta cimeira, da sua organização, da participação, dos assuntos a tratar, das parcerias a decidir,.. Ok! tudo bem! Até posso estar de acordo. Mas agora digam-me: E o Homem no meio disso tudo? Onde está a PESSOA, a Humanidade? Onde está o Homem se as relações comerciais não são justas nem igualitárias? Se os acordos bilaterais servem os interesses de uma ínfima minoria? Se a maioria da população da maioria destes países continua a viver na miséria?
Digam-me para que vale todo este aparato se a minha aldeia foi destruída e tive que fugir e vivo da assistência alheia? Se estou na prisão porque reclamei igualdade de tratamento para o meu irmão que o do Sr. Ministro? Se não posso cultivar os meus campos por causa da guerra? Se não posso ter os medicamentos que a minha crise de malária exige, porque não há? Se a minha velhice é um drama porque não tenho assistência alguma, nem reforma, nem subsídios, e as forças me faltam?
Enquanto os direitos humanos não estiverem no centro de toda e qualquer conversação, acordo, parceria, cooperação, não haverá igualdade, liberdade, democracia e desenvolvimento. Podem vangloriar-se, apelar a todos os méritos e valores, dar mil desculpas e outras tantas razões, no entanto os presos políticos continuarão presos; os famintos continuarão a morrer de fome; os refugiados continuarão prisioneiros da ajuda solidária e dependentes; os idosos continuarão a morrer na miséria e no abandono; eles continuarão a perpetuar-se no poder, na corrupção, no enriquecimento, na violação dos direitos fundamentais de cada pessoa; e nós continuaremos a ser cúmplices deles, traidores da humanidade; a vender a nossa dignidade por um punhado de dólares ou euros.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Dever político
Aí está a cimeira Europa – África.
Os mass média nãoparam, com a chegada das delegações e iniciativas da sociedade civil a chamar a atenção para um ou outro aspecto.
Tem vindo a fazer correr alguma tinta, a campanha por Darfur com várias iniciativas ao longo destes últimos meses, chamando a atenção da classe política e da socidade civil para esse drama humanitário.
Algumas vozes têm alertado para a probabilidade da cimeira passar ao lado destes problemas fundamentais da nossa humanidade para se centrar unicamente em relações comerciais entre os dois continentes.
É verdade que a Europa e a África estão ainda muito separadas. Mas se há alg o que as une intrinsecamente é a questão humana, a pessoa. Deixar esquecida esta realidade na cimeira é perder uma oportunidade única de fazer avançar a questão dos direitos humanos.
É preciso não ter medo de falar claro, de melindrar alguns dirigentes, se for necessário. É preciso atirar um pedra para o charco e fazer remover as águas.
O darfur precisa, e é nosso dever, e vosso também, políticos.
segunda-feira, 3 de dezembro de 2007
Post By: Jiji
Direita ou esquerda, é escolher
Rússia e Venezuela parecem dois países totalmente opostos e diferentes. Mas têm muito em comum. No passado foram governados por ditadoras, uma de esquerda comunista (Rússia), outra de direita fascista (Venezuela).
Ambos alcançaram uma certa liberdade, nos últimos anos. Pelo menos uma liberdade como nós, ocidentais, a idealizamos.
Hoje os dois países manifestaram-se no sentido de voltar ao antigo, isto é, perpetuar um governo, e até uma só pessoa no governo, por tempo indeterminado.
Na Venezuela, o presidente fica com poderes mais amplos e pode candidatar-se a quantos mandatos quiser. Na Rússia o Presidente transforma-se agora e primeiro ministro. Sabe-se que segundo a constituição Russa, quem tem o verdadeiro poder é o presidente. No entanto ninguém duvida que proximamente será o primeiro ministro (Putin) quem governará realmente.
Este movimento social e político não é novo, é verdade. E parece que está a dar bons resultados e para durar. Até já o presidente brasileiro Lula da Silva pensa (segundo os mass média) de propor um referendo para ver a possibilidade de mudar a constituição do país para alterar as regras eleitorais e poder candidatar-se para um terceiro mandato.
Isto é só um pensamento (dizem!). Mas nós sabemos que é sempre o primeiro passo para se seguir em frente nessa linha.
Quem fica a perder é sempre o povo. Infelizmente.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Concordâncias
Mais uma greve! Mais uma guerra de números! Quantos? Quem?
Sindicatos e governo nunca estiveram de acordo, e também não foi desta vez. 80% para os sindicatos. 20% para o governo. No fundo, embora pareça o contrário, os números concordam. Para os sindicatos, os que não fizeram greve não pertencem à função pública. Para o governo, são os que fizeram greve que não pertencem a essa classe “privilegiada”.
Conclusões:
1. isto só vem dar razão àqueles que afirmam que ninguém sabe quantos funcionários há na função pública;
2. que a função pública tem mais pessoal para os sindicatos que para o governo;
3. os trabalhadores que se cuidem. Alguns pensam que trabalham para o país, e não. São privados…
4. que governo, sindicatos, trabalhadores da função pública brincam com a gente como se fossemos todos estúpidos
Conclusão final:
é preciso melhorar o nível de vida de todos os portugueses e não só destes funcionários; que é preciso (mas desde há muito tempo) reestruturar a função pública; e que o nosso país está uma…. Porcaria!
Vamos em frente
quinta-feira, 29 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Influências
Hoje voltei a Lisboa. Aproveitei para ler o jornal durante a viagem de comboio. É sempre bom viajar de comboio. Põe-se fazer muitas e variadas coisas, embora eu aproveite geralmente para ler, já que habitualmente o tempo falta-me.
Em letras gordas (Público 28.11.2007): Queremos uma ONU para as alterações climáticas?
Segue-se um artigo bastante bem feito onde se defendia que a ajuda humanitária não atinge os resultados devidos por causa das catástrofes, causadas justamente, pelas alterações climáticas. Daí a pergunta do título, esperando implicitamente uma resposta afirmativa. Uma ONU que se destine a combater este problema, que crie soluções, que aponte caminhos, que disponibilize meios para que os países sejam obrigados a trabalhar de concerto na protecção do clima.
A autora afirma que “à cabeça de várias medidas para combater as alterações climáticas vem a necessidade de se criar uma estrutura multilateral”.
Nunca tinha pensado nisso, mas se calhar até nem é má ideia. Claro que ninguém leva isso a sério, mas deveria. O certo é que o clima está a baralhar-nos as ideias, o futuro da humanidade e sobretudo a concepção da vida humana que queremos. Já não se trata só de consequências para gerações futuras, longínquas. As consequências já aparecem e é já a nossa geração que as suporta. Daí que muitas coisas comecem a mexer.
Ainda bem.
Venha de lá essa tal estrutura.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Precisa-se um amigo
O meu Sporting voltou a perder para a liga dos campeões. Ok! É verdade, que já estamos habituados; consola-me que tenha, mais uma vez, jogado bem (enquanto teve pernas); do mal o menos, ficámos apurados já para a Taça UEFA; …
Mas já chega de vitórias morais, já chega de “falta de sorte”. Hoje estou em baixo, estava cá com uma fezada que íamos finalmente ganhar a uma grande equipa. Por isso preciso desesperadamente de um amigo, com quem desabafar, com quem chorar, que não me deixe cair, que suporte a minha tacanhez. Sim, preciso de um amigo. Um amigo como este talvez dê jeito.
sábado, 24 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Hoje estou numa de legalidade
O termo justiça (do latim iustitia, por via semi-erudita), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o princípio básico de um acordo que objectiva manter a ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal (constitucionalidade das leis) ou na sua aplicação a casos específicos (litígio).
Sua ordem máxima, representada em Roma por uma estátua, com olhos vendados, visa seus valores máximos onde "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos.
Segundo Aristóteles, o termo justiça denota, ao mesmo tempo, legalidade e igualdade. Assim, justo é tanto aquele que cumpre a lei (justiça em sentido universal) quanto aquele que realiza a igualdade (justiça em sentido estrito).
A justiça implica, também, em alteridade. Uma vez que justiça equivale a igualdade, e que igualdade é um conceito relacional (ou seja, diferentemente da liberdade, a igualdade sempre refere-se a um outro, como podemos constatar da falta de sentido na frase "João é igual" se comparada à frase "João é livre"), é impossível, segundo Aristóteles e Santo Tomás de Aquino praticar uma injustiça contra si mesmo. Apenas em sentido metafórico poderíamos falar em injustiça contra si, mas, nesse caso, o termo injustiça pode mais adequadamente ser substituído por um outro vício do caráter.
Justiça também é uma das 4 Virtudes cardinais, e ela, segundo a doutrina da Igreja Católica, consiste "na constante e firme vontade de dar aos outros o que lhes é devido".
Que bom que isto se realizasse!!!!!
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Das duas uma
O governo não pára de criar conflitos com todas as classes sociais do país. É que não é só com algumas, é com todas. A função pública apresta-se a fazer uma greve geral, no dia 30, apoiada pelos maiores (e quase todos os outros) sindicatos do país; depois de vários desentendimentos com professores, médicos, empresários, (os pobres agricultores á que não têm voz!) é agora a vez dos magistrados.
Ou os membros do governo não sabem o que fazem, é tudo gente ignorante, desonesta, sem capacidade para os cargos que ocupam, não são de direita nem de esquerda, porque chateiam toda a gente…
Ou então está a tocar no bolso, nos privilégios, nas prerrogativas de alguém, e isso cria mossa.
Eu acredito que talvez seja um pouco das duas, o que somando as coisas, se equilibram umas às outras. Se calhar é isso que faz com que o governo, apesar de todas estas guerras continuar a ter o apoio da maioria dos Portugueses e se houvesse hoje eleições, o PS teria provavelmente a maioria absoluta.
São as incongruências dos Portugueses.
quarta-feira, 21 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Qualificados
Ganhou!
Portugal não ganhou o jogo mas apurou-se para o próximo campeonato da Europa a realizar no próximo verão.
Muita dificuldade, muito sofrimento. A gente chega a desesperar. É gritante a falta de soluções atacantes da nossa selecção. Fintas, rodriguinhos, perdas de bola, muita corrida e pouco resultado. Enfim, parabéns para eles e para o fantástico público que os apoiou até ao fim.
No entanto, parece-me que Portugal tem alguns bons jogadores e uma boa equipa. E é tudo. Não temos uma super equipa! Isso não! E é certamente porque muitos pensam que sim, que assobiam os jogadores. È que a fasquia está colocada muito alta e exigem dos jogadores e da equipa o que nem eles nem ela (equipa) têm a capacidade de dar.
Exigir que dêm o litro, sim; ganhar tudo, não, porque não temos equipa por aí além.
E Scolari está bem consciente disso quando afirmou que se ficássemos apurados seria bom, mas se corresse mal, corria mal. Ponto final.
E nisso ele tem razão, porque ele conhece a equipa melhor que ninguém.
Um abraço de parabéns a todos. Assim temos mais alguns meses para sonhar e fazer prognósticos. E enquanto andarmos entretidos com futebol, esquecemos as amarguras do dia a dia com que a nossa classe política e governante nos vai brindando.
Post By: Jiji
Respeito, Senhores
Toca o telefone.
A mulher com voz aflita e atrapalhada anuncia que as águas rebentaram, a criança vai nascer,… do outro lado responde uma voz de homem a perguntar o que se passa, que não houve bem, faz barulho a imitar ruído de fundo para mostrar que não ouve,... desliga pede desculpa, “era a minha mulher” – dizia. Outra voz masculina: “aqui tem, é um grande carro”.
Voz já reconhecestes aqui o guião de uma publicidade em moda nas estações de rádio.
Isto deixa-me completamente desvairado, desterrado . Os gajos apresentam-nos uma publicidade para nos fazer crer que um carro é mais importante que uma criança! Comprar um carro é mais urgente que assistir a mulher no parto! As águas rebentarem, o filho nascer, a esposa a sofrer e a correr riscos de vida, não tem comparação com a adrenalina de terminar o contrato de compra de um carro.
Publicidades destas são maquiavélicas e deveriam simplesmente ser banidas, porque nos apresentam uma imagem da pessoa, menos que MERDA, sem dignidade nenhuma. Cá para mim (mas quem sou eu!?) é uma grande falta de respeito por si mesmo e pelos outros.
domingo, 18 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Coragem precisa-se
Este fim de semana estive a "leste" de tudo. Ainda bem!
No entanto ainda deu para ouvir que o primeiro ministro Israelita e o presidente da palestina vão encontrar-se esta segunda feira para "ver se acertam" o calendário e as etapas da paz no médio oriente.
Parece ponto assente que ambas as autoridades e a maioria dos dois povos, desejam a paz. É sabido também as grandes divergências para se conseguir um acordo, seja na forma como no fundo. É sobejamente conhecido a pressão que os extremistas radicais de ambos os lados exercem para que estes encontros resultem num fracasso. Ninguém tem duvidas que há muito interesses por trás e que muita gente ganha com o continuar desta situação degradada.
Então? Duvidar do resultado destes encontros? Acreditar que desta vez é que é?
Eu penso que nem uma coisa nem outra. Agora estou convicto que dêem por onde derem, mais cedo ou mais tarde, a paz terá que vencer. Disso já estão convencidos os governantes e uma grande parte dos povos (uma grande maioria). Então temos que ser ousados e acreditar que dali pode sair alguma coisa. Só abonaria em bem para todos. Senão, é mais uma oportunidade que se perde, para que uma data de energúmenos continuem a rir-se.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Um pouco de inteligência
Hoje fui a Lisboa, de comboio. Na ida, o revisor passou por mim duas vezes, sem nunca me pedir o bilhete.
Na vinda, o comboio completamente cheio, um só revisor. Começou na primeira clase. Quando chegou ao meu lugar estava quase a chegar ao destino. Entretanto já algumas pessoas tinham descido.
Quer dizer, pode-se viajar Coimbra – Lisboa, ida e volta, e com um pouco de inteligência e também de sorte, pode-se viajar gratuitamente.
É os países que temos: falta de estruturas, meios, ideias. Não basta legislar sobre o que quer que seja para que isso seja realizado. É necessário ter os méis à disposição que permitirão pôr em prática os mecanismos para a aplicação da lei.
Mas isso é uma outra história. É mais profícuo querer obrigar os médicos a mudarem o seu código deontológico.
Post By: Jiji
Deontologia pilotada
Mais uma guerra governo vs ordem dos médicos. Desta vez (mais uma!) promovida pelo ministro da saúde. Eu até aceito que um código deontológico possa mudar; acredito mesmo que é salutar: mas quem é que tem poder de mudar um código deontológico, seja ele da ordem dos médicos, advogados, carpinteiros, trolhas, …? Não é certamente o governo. O mais que podem fazer é um código deontológico do governo!
Sabendo todos que um código deontológico não é uma lei, antes alguns princípios de conduta gerais para a acção pessoal de cada membro, não sei porque o governo, ou quem quer que seja que não um médico, se vem imiscuir destes assuntos.
E depois não é porque uma certa prática está despenalizada que eu a deva, ou seja obrigado a aceitar. O que eu devo, se não quiser ser condenado é ir contra a lei, agir contra. Mas nos meus princípios humanos, sociais e até religiosos posso não estar de acordo.
Senão o governo deveria apresentar queixa contra a Igreja católica porque se recusa a permitir o divórcio já que pela lei é permitido, ou o casamento de padres. Deveria apresentar queixa contra todas as pessoas que decidem trabalhar para além dos 65 anos, uma vez que a lei permite a reforma a essa idade. E podíamos continuar. Que eu saiba, a lei permite o aborto até às 10 semanas, não obriga o aborto!!! Ninguém pode ser processado ou prejudicado por não querer fazer o aborto. Se os médicos, mediante a sua ordem, decidem que fazer aborto é falta grave, têm todo o direito! Porque será que não se procura ver as coisas imparcialmente?
Mais um bidão de gasolina para a guerra do nosso serviço nacional de saúde.
PS: Só quero dizer, para não haver mal entendidos que eu até nem estou descontente com a acção deste governo, em geral. Mas há coisas que não sou obrigado a estar de acordo.
terça-feira, 13 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Tanta coisa para tão pouco
É triste! Pelo menos para mim. Para outros pode não ser. As catástrofes, cataclismos, pestes e outros que tais só nos afectam realmente se tocarem alguém próximo ou a nós próprios. Senão, é um marasmo completo e uma indiferença mórbida.
A gente cruza-se nas ruas e parecem Zombies, olhar no chão ou em frente, indiferente, longínquo, abstracto e ausente. Não sei em que pensam, talvez em nada… o sofrimento, a dor, a morte, a tristeza… procura-se evitar e esquecer, sobretudo quando é a dos outros.
Percorremos as ruas, os centros comerciais, as lojas, como se não estivéssemos presentes, como se fosse só para passar o tempo. E no entanto, caminhamos como se não tivéssemos tempo para nada.
Não há tempo para um dedo de conversa? Não se conhece ninguém? Ou fazemos que não conhecemos?
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Irresponáveis
Já ouviram ou leram a notícia da “L’ Arche de Zoé” – Arca de Zoé? Que vos parece?
A mim, ninguém me tira da cabeça que os dois governos, Chadiano e Francês sabiam de alguma coisa e, por qualquer razão (política?) deixaram avançar as coisas até este ponto. É muito mistério muita complexidade, quando se começa a perguntar como foi possível?
Para onde iam as crianças? Onde colocar 10.000 (segundo os desejos dos responsáveis pela ONG? Tráfico? Adopção? Todos os cenários são possíveis, infelizmente.
Como vai reagir a comunidade internacional da acção humanitária? Como serão encaradas as ONGs a partir deste acto? Como reagirão os governos? E as pessoas que colaboram? Temos que admitir que foi um rude golpe na credibilidade, já debilitada, da acção humanitária nas regiões de conflito, de calamidades e de refugiados. Nem tudo é permitido, mesmo com o intuito de ajudar. O respeito da pessoa, seja qual for a sua situação é prioritário e não se pode saltar por cima de normas e leis só porque nos apetece, o nosso coração se entristeceu, ou porque podemos e temos os meios. Isso não é ajuda humanitária. Pode é ser despotismo, inconsciência, desrespeito, autoritarismo, …
Oxalá a consequências deste acto não sejam muito pesadas para as outras ONGs e sobretudo para o crédito da acção humanitária.
quinta-feira, 8 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Hoje não me apetece escrever
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Ai as comadres
Ena pá! Ganda discussão hoje na Assembleia da República! Direita, esquerda, esquerda, direita. Parecia um jogo de ping pong ou de ténis (em terra batida, claro!).
Isto é, era para ser. Afinal a montanha pariu um rato. Discutia-se o orçamento para 2008. Afinal parece que de orçamento se discutiu muito pouco. A primazia foi dada aos ataques pessoais. Fez-me lembrar quando era pequeno lá na aldeia, as discussões das mulheres. Não é que tenha nada de particular contra as mulheres! Mas devo confessar que as discussões femininas sobre algo caiam sempre nos ataques pessoais. Os argumentos a favor e contra o sujeito em questão esgotavam-se em 30 segundos. O resto era “sua P…” pra qui, “sua Vac..” pra li! Enfim, é certo que o vocabulário não era muito rico nem variado, mas que dava emoção, lá isso dava. E quando se pegavam só quando os homens já não podiam mais de tanto rir, é que as separavam. Mas com cautela, senão ainda levavam também eles de tabela.
Enfim, um mau serviço, mais uma vez para o povo português que passou uma tarde inteira sem perceber o orçamento e triste figura para os políticos e governantes que mais pareceram comadres.
E é para isto que ganham tanto? Tristes figuras, mas bem pagas, não haja dúvida.
terça-feira, 6 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Terceiro mundo
Hoje fui ao centro de saúde. Tinha que mudar o penso da operação.
Simplesmente caótico:
Primeiro: Antes que acertasse com o bom módulo ao qual me dirigir, indicaram-me 3. Os módulos são 7.
Segundo: Não tinham pensos impermeáveis. Inacreditável, mas é verdade! Não tinham e não pensam ter. Já tiveram, mas agora não faz parte dos planos futuros do CS.
Foi simpático!? Aproveitei para uma conversa, com a enfermeira, sobre o estado lastimável da saúde em Portugal. Simplesmente terceiro mundista. Parece alguns países africanos, mas dos mais subdesenvolvidos! Cheguei a ter saudades da “minha”África. Terminámos a rir como bons amigos.
As voltas que a vida dá.
PS: Não me esqueço de dizer, que tive que ir à farmácia comprar pensos impermeáveis (uma caixa de 5 a 6.75€). Como diria um grande saudoso: “E esta hein!”
domingo, 4 de novembro de 2007
Post By: Jiji
É preciso distinguir
Diz o povo que de Espanha “nem bom vento nem bom casamento”. Agora parece que também nem da África. “África cansada de más notícias” é o título de uma revista missionária.
Más notícias para quem? Para nós? Para os africanos? Para os governantes africanos? Para os empresários europeus que investem em África? Para os traficantes de pessoas (crianças, prostituição, órgãos humanos, …)? Para os comerciantes de armas? Para…?
Qualquer que seja a ponta por onde peguemos, não me parece que a afirmação esteja correcta. A África não está cansada de más notícias. Ela está é saturada de acontecimentos que são má notícia para alguém. As más notícias são para nós, os acontecimentos, na base dessas notícias, são eles que as vivem. E isso não é a mesma coisa.
Uma má notícia para mim pode ser a fome em África, mas quem passa a fome não sou eu, é o africano.
Deixemo-nos de cinismos, de falsos pudores e de pretensa solidariedade. E sobretudo deixemos de chorar por não termos meias quando os que não têm pés, dão graças por estarem vivos.
sábado, 3 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Louvor e gratidão
Passei três dias no hospital. Questão de intervenção cirúrgica à vesícula.
Realmente tinham razão os que me diziam que era relativamente fácil, não muito doloroso, sem perigo. Alguns furos e… trabalho feito. Agora é só ter a paciência de reservar algum tempo para descanso e se recompor.
Pois isso é que eu não tenho. Preciso ainda de aprender a parar quando é preciso, respeitar as necessidades do corpo, que a máquina precisa também de atenção.
No entanto o que me apraz aqui registar é a delicadeza, a solicitude, a atitude de serviço profissional e vocacional do pessoal de saúde do hospital. Médicos, enfermeiros, auxiliares de saúde, todos sem excepção (pelo menos os que contactaram comigo), se mostraram dignos do serviço que prestam. Só lhe fica bem e honram a profissão que exercem.
Em tempos tão conturbados no que à saúde diz respeito, aqui fica o meu louvor e agradecimento públicos.
quinta-feira, 1 de novembro de 2007
Post By: Jiji
Zé "O Esquecido"
Engenheiro ou Bacharel
Respondeu sem gaguejar
Levou montes de papel
Para tudo comprovar
Até propinas pagou
Imaginem, vejam só!
Os recibos nos mostrou
Alguns deles já com pó
Das fichas d'Assembleia
Que dizem ter a dobrar
Esqueceu, não faz ideia
Como foram lá parar
Também um ex-Professor
Que nunca mais contactou
Viria a ser Director
Por Despacho que assinou
Com as falhas de memória
E o nariz tão comprido
Inda vai ficar na História
Como ZÉ "O ESQUECIDO".
Poema recebido por mail
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Post By: Jiji
O sistema de castas à portuguesa
Conhecia a divisão de castas da sociedade da India. Aí existem os intocáveis: os últimos da sociedade, os que não têm direitos, são os escravos de todos.
Agora descobri que Portugal também está organizado em sistema de castas; e aí também existe os intocáveis.
Só que aqui é ao contrário, os intocáveis são aqueles que estão acima da lei, a quem tudo é permitido (mas só a eles!). Tomamos conhecimento há dias dos empréstimos do BCP a filhos de administradores e perdão de dívidas avultadas. Agora são administradores do banco de Portugal que tiveram direito às mesmas regalias “para comprar casa”. Coitados, não ganham o suficiente para pagar do bolso deles!!! Claro que é sempre melhor utilizar o dinheiro dos outros, mesmo que se ganhe milhões cada mês.
Senhores tenham vergonha. Não nos venham com cantigas de crise e de apertar o cinto. Não sejam hipócritas. Sejam Homens com letra grande se “os” tiverem no sítio.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Post By: Jiji
Coração ao largo
Hoje fui a uma entrevista!
Não para trabalho, isso é o que menos me falta, mas para falar do Darfur.
A rádio era no 8º andar de um prédio - centro comercial, o estúdio era um cubículo onde nos entalámos 7 pessoas bem apertadinhas. Outras tantas ficaram á porta e no corredor a ouvir a conversa. Uma hora!
Uma hora a falar do Darfur!!! Como é que há tanta coisa a falar sobre isso. Ninguém conhece, não nos diz respeito, não interfere com a nossa felicidade, …
Bom, talvez não seja bem assim. Para o grupo de jovens que estava comigo diz muita coisa. Estão interessados para eles e com vontade de fazer conhecer aos outros.
Não foi nada de especial, mas saí de lá com mais vontade de continuar esta campanha pelo Darfur, e com o coração mais quente, mais largo, mais aberto.
Interessa-te aqui e aqui
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Post By: Jiji
Mexilhão
É triste quando não se sabe o que fazer. Mais triste ainda quando isso acontece e uma pilha de tarefas nos espera. Perde-se o tempo indeciso tentando tomar uma decisão sobre o trabalho que se segue.
Então vai-se para a aqui, para ali, muda-se uma planta, limpa-se uma mancha de pó, passa-se milhentas vezes a mão pela cara e não sei quantas pelo cabelo (para quem tem claro!). nem o jornal desperta a atenção.
É noite, preciso de trabalhar, mas parece que o trabalho não me quer, ou não precisa de mim. São os desencontros laborais. Como estes entre os pilotos da aviação civil e a TAP.
Coitados dos homens não ganham nada e ainda lhe s querem tirar o pouco que ganham!
Coitado é do mexilhão! É sempre ele que se lixa!
É! Quando a gente não sabe o que fazer, e enquanto toma uma decisão, tem destes pensamentos malvados.
Vai mas é trabalhar!!!!!
terça-feira, 16 de outubro de 2007
Post By: Jiji
Darfur esquecido
Continua a ser uma realidade. A maioria dos Portugueses não conhece ou não se interessa pelo Darfur. a prova foi dada no último fim de semana em Fátima. Ouvi algumas pessoas e li no jornal o Público (parece que foi o único órgão de informação que deu a notícia). Um grupo de jovens fez uma campanha de assinaturas pelo Darfur.
No meio de centenas de milhares de “cristãos”, á priori, gente solidária, caridosa e caritativa, alcançaram a “proeza” de conseguirem 400 assinaturas. Se as minhas fontes não fossem fidedignas, não acreditaria. Encontrei também no blog Fé e Missão, algumas das respostas que as pessoas davam quando interpeladas. Devia ter sido bonito de ouvir.
Não quero culpar ninguém. Se calhar até nem são as pessoas elas próprias as maiores culpadas. Afinal que devia instrui-las, informá-las? Nós, os formados? Os Mass Média? Os nossos políticos e governantes? As organizações humanitárias mundiais? Certamente todos.
O certo é que o Darfur, apesar das centenas de milhares de mortos e milhões de refugiados, continua a não ter peso nos nossos meios de informação e por isso, não tem presença na nossa sociedade. Continuamos, isso sim, a deleitar-nos com o Iraque, a Birmânia, o Afganistão, o Kosovo… ora todos estes juntos não chegam aos calcanhares do s úmeros do Darfur.
Assim vai a vida
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Post By: Jiji
Indigestões e congestões
A minha amiga Elsa é que empurra para a frente: DARFUR!
Quem é que já ouviu falar? Quem se interessa minimamente?
Talvez um pequeno punhado de gente, meia maluca, que não tem nada para fazer.
Talvez! Talvez, não sei.
O problema existe! Eu fui-me informar.
Então porque é que pouco se fala disso?
Meio milhão de mortos? Dois milhões e meio de refugiados? Quatorze mil funcionários da ONU e das organizações humanitárias no terreno?
E nós passamos a leste?
Muito mal está o nosso país, os nossos média.
Ah! Provavelmente temos medo de apanhar uma indigestão.
Talvez apanhemos é uma congestão de ignorância e de indiferença.
Por isso aqui fica o meu voto pelo DARFUR
domingo, 7 de outubro de 2007
Post By: Jiji
Insultos e maiorias absolutas
Hoje estou cansado. Foi um domingo de muita viagem e agitação.
Fui visitar a minha mãe ao IPO do Porto. Está cada vez pior.
Na viagem ouvi o nosso Eng. José Socrates (para todos os efeitos ele é Engenheiro), e também primeiro-ministro, acusar o PCP de manipular os manifestantes em Montemor-o-velho e de provocar os insultos que, segundo ele, lhe foram dirigidos. Alguém do PCP veio em defesa dos manifestantes acusando Sócrates de estar nervoso.
Nervoso? Façam-me entender, como é que alguém que é primeiro-ministro de um país, onde o partido que apoia o governo continua na crista da onda das sondagens e porventura teria maioria absoluta se houvesse eleições, pode estar nervoso?
O sr. Jerónimo de Sousa permite-se dizer que se todos os manifestantes fossem comunistas o PCP teria a maioria absoluta. Mas será que ele continua convencido que os manifestantes são maioria absoluta?
Desculpem-me, perante isto, eu que até nem sou muito Sócrates (embora tenha um fraquinho pelo PS) tenho que admitir que o homem pode estar a fazer um bom trabalho.
Claro nem todos estão de acordo comigo. Mas isso também não interessa para nada.
sexta-feira, 20 de julho de 2007
Post By: Jiji
Recebi há dias um mail interessante. Não resisto de publicar o conteúdo:
Ouvi dizer que, uma célebre animadora de rádio dos EUA, afirmou que a homossexualidade era uma perversão:
«É o que diz a Bíblia no livro do Levítico, capítulo 18, versículo 22: " Tu não te deitarás com um homem Como te deitarias com uma mulher: seria uma abominação". A Bíblia refere assim a questão. Ponto final», afirmou ela.
Alguns dias mais tarde, um ouvinte dirigiu-lhe uma carta aberta que dizia:
Obrigado por colocar tanto fervor na educação das pessoas pela Lei de Deus. Aprendo muito ouvindo o seu programa e procuro que as pessoas à minha volta a escutem também. No entanto, eu preciso de alguns conselhos quanto a outras leis bíblicas.
Por exemplo, eu gostaria de vender a minha filha como serva, tal como nos é indicado no Livro do Êxodo, capítulo 21, versículo 7. Na sua opinião, qual seria o melhor preço?
O Levítico também, no capítulo 25, versículo 44, ensina que posso possuir escravos, homens ou mulheres, na condição que eles sejam comprados em nações vizinhas. Um amigo meu afirma que isto é aplicável aos mexicanos, mas não aos canadianos. Poderia a senhora esclarecer-me sobre este ponto? Por que é que eu não posso possuir escravos canadianos?
Tenho um vizinho que trabalha ao sábado. O Livro do Êxodo, capítulo 25, versículo 2, diz claramente que ele deve ser condenado à morte. Sou obrigado a matá-lo eu mesmo? Poderia a senhora sossegar-me de alguma forma neste tipo de situação constrangedora?
Outra coisa: o Levítico, capítulo 21, versículo 18, diz que não podemos aproximar-nos do altar de Deus se tivermos problemas de visão. Eu preciso de óculos para ler. A minha acuidade visual teria de ser de 100%? Seria possível rever esta exigência no sentido de baixarem o limite?
Um último conselho. O meu tio não respeita o que diz o Levítico, capítulo19, versículo 19, plantando dois tipos de culturas diferentes no mesmo campo, da mesma forma que a sua esposa usa roupas feitas de diferentes tecidos: algodão e polyester. Além disso, ele passa os seus dias a maldizer e a blasfemar. Será necessário ir até ao fim do processo embaraçoso que é reunir todos os habitantes da aldeia para lapidar o meu tio e a minha tia, como prescrito no Levítico, capítulo 24, versículos 10 a 16? Não se poderia antes queimá-los vivos após uma simples reunião familiar privada, como se faz com aqueles que dormem com parentes próximos, tal como aparece indicado no livro sagrado, capítulo 20, versículo 14?
Confio plenamente na sua ajuda.»
segunda-feira, 16 de julho de 2007
Post By: Jiji
Já se ouviram e escreveram muitos adjectivos para qualificar a prestação, desportiva e humana, das selecções de futebol de Portugal de sub 21 e sub 20, nos recentes campeonatos da Europa e do Mundo das respectivas categorias.
Toda a gente vê o evidente menos, parece, o próprio seleccionador nacional. “Couceiro” vai ficar certamente no vocabulário da língua e cultura portuguesas.
Alguém que não reconhece os próprios erros e limites, é … Couceiro.
Alguém que procura, contra toda a evidência, fugir das responsabilidades, é … Couceiro.
Alguém que deita as próprias culpas sobre os outros, é … Couceiro.
Alguém que quer ser treinador de futebol, mas não tem conhecimentos futebolísticos, é… Couceiro.
Alguém sem poder de comando, de autoridade, apesar de lhe serem confiadas grupos de pessoas (jovens), é …Couceiro
…
Se alguém chamou a última geração de “geração dos 500€”. Não andaremos longe da verdade se, no futuro, uma geração, sem garra, sem chama, sem conhecimento, sem responsáveis, … se passar a chamar “geração Couceiro”.
quinta-feira, 12 de julho de 2007
Post By: Jiji
Se alguém estiver interessado, é favor contactar o proprietário.
terça-feira, 10 de julho de 2007
Post By: Jiji
Quem disse que não há sinalização nas estradas de Portugal?
Melhor do que isto?
Lembra-me os cemitérios nos filmes americanos.
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Post By: Jiji
Foi com pompa e circunstância! As 7 maravilhas!
Com que autoridade reconhecida? Quem vota? Ou quem pode votar?
Se é um concurso popular, claro que um país como a China, a Índia, o Brasil,… com os seus biliões e milhões de pessoas, são favorecidos.
Se o concurso é restrito, quem convidar? E porquê este e não aquele? Que instituições têm autoridade legal, social e até moral para "patrocinar" o evento? A ONU? A UNESCO? Outra?
É aqui que entra a UNESCO. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura abriu a polémica em relação à eleição das novas sete maravilhas do Mundo. O organismo - que se afastou do acontecimento, apesar dos inúmeros convites da organização - desvalorizou o concurso cujos resultados foram conhecidos anteontem. Para a UNESCO a lista do património mundial conta com 851 locais e não se limita apenas a monumentos. Nela também se incluem centros de cidade ou paisagens naturais. O organismo acredita que há uma mensagem negativa para todos os países cujos monumentos não tenham sido escolhidos.
Também o Egipto manifestou o seu desagrado pela ausência das pirâmides de Gizé na lista final. O monumento egípcio é o único resistente das primeiras sete maravilhas, decretadas em 200 a.C.
Seja como for, isto das 7 maravilhas agora muito em voga (mundiais, nacionais, desportivas, políticas, …), geram polémica, criam eventos, e, sobretudo, fazem girar muitos milhões, para benefício de alguém!!!!
E já que estamos na onda, e saldos de Inverno, talvez ainda possam aparecer por aí as 7 maravilhas dos sem abrigo; as 7 maravilhas dos pobres; as 7 maravilhas dos refugiados;… e porque não as 7 maravilhas da solidariedade, da amizade, da tolerância, do bem comum, da entreajuda, …
Claro, haverá sempre polémica e gente descontente. Mas também que importa?
domingo, 8 de julho de 2007
Post By: Jiji
Agora acredito o que dizia o meu amigo Luís, quando veio á aldeia pela primeira vez, alguns anos depois de ter trocado o campo pela capital: “Portugal é Lisboa, o resto é paisagem”.
A comunicação social dá (quase) tanto espaço à campanha para câmara de Lisboa que à campanha para as legislativas;
O governo aceitou ficar mais pobre e “despediu” o seu nº 2, para ganhar a câmara da capital. Se o homem é assim tão bom, não seria melhor que dez milhões aproveitassem e não só 500.000?
A ganância anda à solta: dois candidatos rosa, mais dois laranjas, uma legião de esquerdas, uma panóplia de direitas e outros que tais… atenção alguns até se dizem independentes. Qual independência?
Parece que aquilo lá pelas capitais é uma anarquia, com empresas incontroláveis, túneis a meter água, rio abandonado, corrup.., que digo? gestos de caridade(!), …
Lx é o novo fruto cobiçado, vale mais que o país inteiro.
E nós que aguentemos!!!
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Post By: Jiji
Todos nós sabemos o défice de sinalização nas nossas cidades e estradas.
Parece que as indicações que se encontram são, em geral, para quem já conhece o caminho e o lugar onde quer chegar. Ainda se ao menos as estradas fossem boas!... Mas talvez, mais do que viajar fosse melhor ir à escola; quem sabe se aprendia alguma coisa! Mas para quê ir à escola, gastar os bonitos anos da juventude para depois ter que ir … trabalhar “pá istrada!”
Decididamente é mais rentável tirar uma foto, colá-la num cartaz, e pô-la à vista do maior número de pessoas possível. Quem sabe se…!!!
E eu vou “mazé” acabar com isto.
Até mais logo e bom fim-de-semana.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Post By: Jiji
Eu lembro-me. Quando era pequeno, lá na aldeia, quem falava disso era o padre da terra:
era ele que chamava a atenção contra o sexo, a violência doméstica, os maus tratos nas crianças, … Também os professores primários o faziam de vez em quando!
Com o tempo e a “liberalização” da moral e dos costumes, esse hábito foi caindo em desuso. As palavras do padre caíam em saco roto. Ele bem continuava, nos seus sermões, a exortar, ao respeito pelos outros, sobretudo pelo seu corpo, à paz, á concórdia, ao amor pelas crianças. Mas eram palavras levadas pelo vento.
Hoje já não é o padre, são os meios de comunicação social a substituir o padre. O que prova que a necessidade está lá.
Surgiu a Internet segura. É um portal “destinado à disponibilização de conteúdos informativos sobre a utilização segura e consciente da Internet destinados ao grande público”.
O portal inclui uma “linha alerta, que receberá denúncias de qualquer pessoa relativas a conteúdos na Internet susceptíveis de serem considerados ilegais, para posterior investigação e eventual acção judicial”.
Através desta linha “e de forma totalmente anónima, é possível apresentar denúncias de conteúdos eventualmente ilegais”.
Numa primeira fase o serviço Linha Alerta compreende os seguintes conteúdos ilegais:
Pornografia infantil, Apologia da violência, Apologia do racismo.
Ah! É preciso dizer que o portal é co-financiado pela União Europeia. Sim, a mesma que financiou a publicação no Youtube de um vídeo de compilação de imagens de orgasmos.
Sim! Deu ontem nas notícias. E se deu nas notícias, deve ser verdade.
Tão a ver o esquema!?
terça-feira, 3 de julho de 2007
Post By: Jiji
Tenho para mim que a presidência portuguesa da União Europeia vai ser um sucesso.
Um tratado para compensar a falhada constituição, a cimeira Europa-Brasil, a cimeira Europa-Africa e outros que tais, vão realizar-se com pompa e circunstância. O governo Português vai ficar bem visto na Europa e por esse mundo além.
Mas atenção, vai ser um sucesso para quem?
O primeiro objectivo da cimeira Europa-Africa, os acordos comerciais e económicos, já começa a ser posto em causa, porque não tem em conta as parcerias bilaterais, mas torna os países africanos cada vez mais dependentes dos europeus, apesar das intervenções mediáticas dos responsáveis europeus e do presidente da união africana, John koufour.
O caso mais mediático (não em Portugal, mas no mundo) africano, o Darfur, não parece merecer da presidência portuguesa grande atenção.
É certo que em muitos lugares, em todo o mundo morre muita gente, Sr. Ministro, mas presentemente nada iguala o Darfur.
Nem Afeganistão, nem Iraque, nem Palestina.
Quem dera que me engane.
Inch’Ala (Oxalá!)
domingo, 1 de julho de 2007
Post By: Jiji
Já ouvi, de um dos grandes comentadores políticos da nossa praça, chamar-lhe atitude “pidesca”, para fazer referência aos métodos da PIDE. Estou a falar de algumas atitudes do nosso governo, como o chamado “caso Charrua” e sobretudo o caso da directora do centro de saúde de Vieira do Minho, exonerada das suas funções, pelo ministro da saúde, por alegada deslealdade e incapacidade.
E o ministro lá deu uma conferência de imprensa para explicar o caso… que não tem explicação possível.
O que é grave?
1. O clima de delação que estes dois casos expostos indicam, na nossa sociedade.
2. O crédito que se dá aos delatores, maior que aos responsáveis, só porque têm a mesma cor política.
3. A arbitrariedade na tomada de decisões pelas pessoas com responsabilidade política e de governação.
Será que o ministro não tem mais nada que fazer que dar ouvidos a delatores e queixinhas ou a dar conferências de imprensa por assuntos tão banais? Mande-nos um bom sistema de saúde, e deixe-nos dessas tretas e politiquices.
quinta-feira, 28 de junho de 2007
Post By: Jiji
Revisão gramatical feita pelo clube das loiras
ABREVIATURA - ato de se abrir um carro de policia;
ALOPATIA - dar um telefonema para a tia;
BARBICHA - boteco para Gays;
CÁLICE - ordem para ficar calado;
CAMINHÃO - estrada muito grande;
CATÁLOGO - ato de se apanhar coisas rapidamente;
COMBUSTÃO - mulher com peito grande;
DESTILADO - aquilo que não está do lado de lá;
DETERGENTE - ato de prender indivíduos suspeitos;
DETERMINA - prender uma garota;
ESFERA - animal feroz amansado;
HOMOSSEXUAL - Sabão utilizado para lavar as partes íntimas;
LEILÃO - Leila com mais de 2 metros de altura;
KARMA - expressão mineira para evitar o pânico;
LOCADORA - uma mulher maluca de nome Dora;
NOVAMENTE - diz-se de indivíduos que renovam sua maneira de pensar;
OBSCURO - "OB" na cor preta;
QUARTZO - partze ou aposentzo de um apartamentzo;
RAZÃO - lago muito extenso porém pouco profundo;
RODAPÉ - aquele que tinha carro mas agora roda a pé; S
AARA - muulher do Jaaco;
SEXÓLOGO - sexo apressado;
SIMPATIA - concordando com a irmã da mãe;
SOSSEGA - mulher desprovida de visão;
TALENTO - característica de alguma coisa devagar;
TÍPICA - o que o mosquito te faz;
UNÇÃO - erro de concordância muito frequente (o correto seria um é);
VATAPÁ - ordem dada por prefeito de cidade esburacada;
VIDENTE - dentista falando sobre seu trabalho;
VIÚVA - ato de ver a uva;
VOLÁTIL - sobrinho avisando onde vai.
Post By: Jiji
ERA UMA VEZ... Quatro funcionários públicos chamados Toda-a-Gente, Alguém, Qualquer-Um e Ninguém.
Havia um trabalho importante para fazer e Toda-a-Gente tinha a certeza que Alguém o faria.
Qualquer-Um podia fazê-lo, mas Ninguém o fez.
Alguém zangou-se porque era um trabalho para Toda-a-Gente. T
oda-a-Gente pensou que Qualquer-Um podia tê-lo feito, mas Ninguém constatou que Toda-a-Gente não o faria.
No fim, Toda-a-Gente culpou Alguém, quando Ninguém fez o que Qualquer-Um poderia ter feito.
Foi assim que apareceu o Deixa-Andar, um quinto funcionário para evitar todos estes problemas...