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quarta-feira, 2 de abril de 2008 Post By: Jiji

velocidade

Acidentes

É um facto que nestes últimos anos Portugal tem ganho um grande desenvolvimento a nível de estruturas rodoviárias. Há mais e melhores estradas. Algumas a pagar, outras, nem por isso.
É verdade que também há cada vez mais automóveis a circular, apesar de o nível de vida cair continuamente e o preço dos combustíveis não parar de subir. De onde vem o milagre? Não sei!
A acompanhar isto anda a velocidade na estrada. Apesar de todas as campanhas, de todas as sinalizações, não faltam despistes, embates, voos fora das estradas,… enquanto os males são alguns pedaços de chapa, as coisas ficam por aí, agora quando há atropelamentos e mortes tudo se complica. Crianças apanhadas na passadeira ou trabalhadores na auto-estrada a voar pelos ares só pode indicar duas coisas: ou descuido das pessoas ou velocidade a mais em lugares onde não deveria haver. Se calhar há um pouco das duas e mais uma terceira que atravessa as primeiras: uma grande falta de respeito pelos outros, pelas suas vidas, pelo seu trabalho.
Que não acabem as campanhas de sensibilização; que nunca se perca o respeito pelos outros (às vezes a melhorar as vias por onde passas); que nunca se esqueça que trabalhamos uns para os outros.

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terça-feira, 25 de março de 2008 Post By: Jiji

Escolas ao rubro

Mal estar estudantil e professoral

É impressionante como o tempo passa. Um mês! Sim, um mês p+assado desde o último post. Onde tenho estado com a cabeça? Comprometi-me a escrever regularmente, e é o que se vê.

As nossas escolas estão em pé de guerra.
Falso! Não há mais violência do que antes. O que se passa é que agora sabe-se mais. Há mais meios e ao dispor de todos para a divulgação. Senão veja-se o caso da escola Carolina Michaëlis: a professora e a aluna andaram às turras já há dias, e não se soube de nada. O simples gesto de alguém ter posto as imagens na net desencadeou uma onda de informação e reacções que ainda não se sabe muito bem onde isto vai parar. Senão fosse esse simples gesto, continuaríamos hoje ignorantes e pacatos na nossa vida quotidiana amanteigada e doce.
Agora os jornais, rádios e TV não param de desencantar exemplos como o do Porto. Surgem como cogumelos. Até parece que tudo acontece agora.

Que fizeram os conselhos executivos, o ministério da educação, aquando dos actos de violência entre alunos, de alunos contra professores ou pessoal educativo ou de acção escolar, de professores contra alunos, etc? Ah!!! Diz-se que a escola tomou as devidas precauções, castigos, decisões educativas, … e outros que tais. Parece que não tem dado muito resultado.
O que se passa é um crescendo de desresponsabilização dos pais e encarregados de educação. Estes vêm progressivamente abdicando da sua responsabilidade, depositando-a nos professores que devem fazer de professores, pais, educadores, advogados e juízes. E que faz o MdE para os proteger? Para lhes dar os meios necessários ao bom desempenho da sua profissão? Para responsabilizar alunos e pais? Os professores, por outro lado, estão constantemente a ser desautorizados. Obrigam-se a muitas responsabilidades, mas quando as exercem são contestados, desautorizados, condenados, marginalizados.
Viva a anarquia!

Acredito que seja difícil. Basta estar ouvir alguns desabafos de presidentes ou outros responsáveis das associações de encarregados de educação. Às reuniões “ninguém” aparece, bastas as vezes nem mesmo os professores da escola que aí têm os seus filhos. Os pais não sabem o que se passa na escola porque os filhos não lhes contam e eles também não têm tempo para os ouvir.
Meus senhores, que tendes responsabilidades e poder: dêem meios aos professores, responsabilizem os pais e os alunos. Todos sabem o que querem e o que fazem. Construamos um povo educado, responsável e respeitador. Nós não somos maus; precisamos é de ser podados nalguns galhos mais rebeldes.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Mais taxas

Vergonha

Recebi hoje um mail a dizer que os bancos vão cobrar uma “taxa” aos seus clientes, cada vez que estes levantarem dinheiro pelas caixas ATM. Fui informar-me e parece que é verdade! E parece que não é nada pouco! É 1,50€ por cada operação que vai engrossar os lucros da banca Portuguesa. Como se já não bastasse o que eles ganharam e continuam a ganhar.
Claro que nenhum cliente gostará de pagar essa taxa. Claro que a decisão foi tomada unilateralmente pelos bancos. Então é porque eles têm esse poder. Se o não têm, pensam que sim.
Corre uma petição online que parece ter já recebido mais de 200.ooo assinaturas. Será que vale a pena? Eu penso que sim e já assinei. Não custa nada. Mesma que não valha nada também não perdi nada. Mas se valer, ah!, então fiz bem.
Por vezes o que nos custa é mobilizar-se por uma causa. Esta parece-me uma boa causa, e justa.

“Os bancos preparam-se para nos cobrarem 1,50 Eur por cada levantamento nas caixas ATM.
Isto é, de cada vez que levantar o seu dinheiro com o seu cartão, o banco vai almoçar à sua conta . Este 'imposto' (é mesmo umaimposição, e unilateral) aumenta exponencialmente os lucros dos bancos, que continuam a subir na razão directa da perda de poder de compra dos Portugueses. Este é um assunto que interessa a todos os que não são banqueiros e não têm pais ricos.
Quem não estiver de acordo e quiser protestar, assine a petição e reencaminhe a mensagem para o maior número de pessoas conhecidas”.

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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Velhos

Quem entender que entenda!

A população portuguesa está a ficar velha. Pelo menos é o que dizem os dados do Instituto nacional de estatística no último relatório respeitante aos últimos 7 anos. Cada vez nascem menos crianças e aumenta a esperança de vida.
O presidente da república já no seu discurso de ano novo alertou para o problema da baixa de natalidade em Portugal. Ninguém fez caso. A notícia passou em rodapé nos jornais televisivos.
Ora nestes últimos dias têm-se dado ênfase à notícia sobre os abortos em Portugal. Porquê? Pelo facto de não terem atingido o número que estava previsto. Como se estivéssemos num concurso ou competição em que é obrigatório atingir determinado número.
Por um lado temos deficiência de nascimentos e ninguém dá relevância ao caso. Por outro temos abortos a menos do que o previsto e sai em todos os meios de comunicação como se estivéssemos a falhar objectivos.
Realmente custa a entender. Mas é verdade!

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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

É triste

ponta do iceberg

Tem razão o nosso presidente da república quando chama a atenção para a nossa justiça. Mas pode alargar a lista às forças policiais e de investigação, que não lhe fica nada mal.
A arquivação da agressão ao Sr. Bexiga, ex-autarca de Gondomar, e as perdas das escutas telefónicas no julgamento do Major Valentim Loureiro afloram os limites do ridículo e da estupefacção. Fica-se com a impressão de que em Portugal tudo é possível. E de certo até é. Mas é um descaramento desconcertante. E ninguém faz nada. Vamos ao sabor do vento, sem vontade, ou sem poder, para construirmos para ventos ou barreiras anti vento.
Estes e outros exemplos são a pequena ponta do iceberg que é a nossa justiça, a impunidade de quem tem uns “carcanhois”. Nós, pouco podemos fazer, e quem pode assobia para o lado.
É triste sim senhor!

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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Circo do mundo

Lista negra

Quénia, Chade, Moçambique,… mais nomes para a “lista negra” das situações dramáticas vividas por milhares de homens e mulheres, crianças e idosos, jovens e adultos. Situações que, por momentos, fazem desviar os olhos de outras não menos dramáticas como o Darfur, o Afeganistão, o Iraque, Palestina.
A lista parece não ter fim, e quando nalgum lugar se nota uma melhoria, e uma réstea de esperança aparece, logo surge outra a desmentir a primeira e a repor as coisas na “normalidade”.
É impressionante a capacidade maléfica da humanidade. É assustadora a criatividade do Homem para gerar conflitos, insegurança, guerras, para dizimar populações inteiras. Em nome de quê? De quem?...
Pode-se destruir num minuto o que demorou anos e anos a construir. É o que acontece com estes focos de tensão. As estruturas, os sistemas, os meios humanos e materiais, … tudo fica desfeito. É preciso recomeçar. Um recomeço que em alguns países é contínuo ou um eterno recomeço, como no Chade por exemplo.
Até parecem acções concertadas, tipo terrorismo. Melhora num lado, começa no outro. É o circo de entretimento: tem que haver sempre algum número para ocupar, e quando um começa a já não ter graça, substitui-se por outro. É o que parece estar a acontecer no mundo: um grande circo.

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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008 Post By: Jiji

Regicídio

Bravo Sr. presidente

Cem anos! É verdade, um século se passou desde o “regicídio”. Em 1 de Fevereiro de 1910 morria, assassinado, o rei D. Carlos e o seu filho, herdeiro. Foi, dizem, o primeiro passo para a república.
Duas atitudes políticas, diferentes entre si, caracterizaram hoje, em relação ao acontecimento, dois dos nossos órgãos de soberania:
O parlamento não aprovou um voto de pesar pelo assassínio do rei, com desculpas de que não cabe ao parlamento fazer juízos sobre a história, ou que seria um voto contra a república.
O presidente da república inaugurou uma estátua do rei.
Duas atitudes diferentes entre si, que manifestam o estado de espírito de cada um dos órgãos de soberania, e sobretudo olhar de cada um sobre a nossa história.
Não sou monárquico, mas não posso apagar séculos de história da monarquia em Portugal. Posso não estar de acordo, como também não estou com a ditadura, mas faz parte da nossa história.
Imaginem que quiséssemos apagar da nossa memória colectiva e dos nossos compêndios escolares que D. Afonso Henriques mandou prender a mãe; que estivemos 60 anos sob domínio espanhol; que tivemos guerras civis; que fomos ajudados por Ingleses contra os franceses porque sozinhos não fomos fortes o suficiente; que tivemos a guerra colonial; que estivemos 50 anos sob ditadura de direita; que quase ficávamos sob uma ditadura de esquerda; etc. etc.
Se fossemos a recordar só os bons acontecimentos talvez hoje não estivéssemos aqui ou não fossemos o que somos.
Por isso Bravo Sr. presidente (não creio que seja monárquico!), e infelizes parlamentares (curtos de espírito!)

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

De rastos

Quem reage?

3 Notícias mexem hoje com a sociedade portuguesa, a nível político, social e económico.
Primeiro a tão badalada remodelação governamental. Remodelação??? Substituição de 2 ministros pode ser considerada remodelação? Não sei. No entanto a acção foi sobejamente comentada nos média portugueses. Sócrates reconheceu fracasso na política da saúde e da cultura? É tudo para continuar como dantes? As duas posições têm apoiantes em todo o lado. O que me parece é que se Correia de Campos, independentemente do que se seguir, se continuasse no governo até às próximas eleições legislativas, era um sério “handicap” para o PS alcançar nova maioria.

Mas as outras 2 notícias não são melhores do que esta.
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, acusou hoje o BCP de “delinear uma operação bem montada e bem urdida para escapar ao controlo das autoridades” de supervisão, “que impediu qualquer hipótese” de os supervisores a detectarem. Caramba, só agora é que deram conta? O que é preciso fazer mais? E o que vai ser seguido no futuro? Que acções contra os culpados? Provavelmente nada, infelizmente.

O bastonário da Ordem dos Advogados disse hoje que se “fazem negócios de milhões com o Estado”, cujo objecto são bens do património público, “quase sempre com o mesmo restrito conjunto de pessoas e grupos económicos privilegiados”.
Também já se sabia. Senão como é que os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres. De onde vem este fosso cada vez maior entre os extremos da sociedade portuguesa?
Já não há respeito pela pessoa, seja ela qual for. E o Presidente da república tem razão ao alertar para a morosidade da justiça e os benefícios de alguns em detrimento de muitos.
Haja quem faça alguma coisa, porque o governo tem as mãos e os pés atados. Pelo menos é a imagem que dá.

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terça-feira, 29 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

o óbvio

Oxalá me engane!

O Banco Espírito Santo (BES) acaba de publicar os seus resultados do ano de 2007. Mais de 600 milhões de euros de lucro, e uma subida de 44% em relação a 2006.
Fantástico!!! Dizeis vós! E se calhar eu também. Ainda bem para eles. Eu não fico com inveja do sucesso dos outros. A não ser que esse sucesso seja à custa do sacrifício, da perda, de outros.
E parece que é o caso.
Atenção, o que escrevo aqui não se aplica só ao BES, mas a todos os bancos (pelo menos os portugueses, na certeza porém de que serão quase todos iguais.
Os bancos anunciam os seus lucros, sempre maiores. Ao contrário o poder de compra e o nível de vida dos portugueses vai de mal a pior. Pelo menos é o que todos os analistas políticos, sociais e económicos afirmam. Quem sou eu para os contradizer?
Então uma conclusão óbvia tem que se tirar: quanto mais os portugueses se afundam, mais os bancos lucram. Quer dizer que os bancos dão-se bem com a crise económica!
Se quisermos ser dramáticos tiramos outra conclusão: já que os bancos lucram com a crise, e que são eles os primeiros responsáveis do desenvolvimento e do resolver da crise, à priori, não terão nenhum motivo para resolver a dita crise. Quer dizer que deles não temos que esperar nada.
Estamos numa linda alhada.
Estas conclusões podem não ser válidas nem verdadeiras (aceito); mas têm lógica (Oxalá que me engane).

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Atrasados

A passo de Caracol

Houve um tempo em que os transportes públicos andavam sempre atrasados. Hoje não são só os transportes. Parece que todo o país vive atrasado. São os salários, a retoma da economia, a criação de novos empregos, as obras públicas, os funcionários públicos, a medicina e até a justiça (talvez a pior). São processos que se arrastam há anos e que os visados não têm interesse que se resolvam. Parece que todos ganham à comissão, sobre o tempo utilizado. Quanto mais durar mais se ganha. São os grandes casos nacionais como o caso “casa Pia” ou o “apito dourado”. E parece, dizem as más línguas, que o caso da “noite no porto” vai seguir os mesmos passos. Mas são também outros processos mais simples. Sabe-se agora que, segundo um estudo feito sobre a justiça em Portugal os processos se acumulam cada vez mais, mas que uma das sugestões para resolver o problema era que os juízes recebessem o salário segundo o trabalho realizado.
Isso é que era bom! Era um ver se te avias, para acabar com processos pendentes há largos anos. E os novos, nem davam tempo de haver prisões preventivas. Em poucos dias tudo se resolvia.
Mas nós como somos um país de brandos costumes onde nunca se passa nada de extraordinário, vamos continuar sem nada de extraordinário. Onde noutros países como a Itália ou a França os corrupção avançam a 100 à hora, no nosso cantinho (que ninguém perturbe) continuamos a passo de caracol. Não admira que, embora na união europeia, continuemos a nos afastar inexoravelmente.
Viva o caracol (contra quem nada tenho, a não ser um apetite voraz).

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quarta-feira, 16 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Ateísmos

O maior drama da humanidade

Foi-me aconselhado por um amigo, numa conversa corriqueira, ler a homilia do Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, do dia de Natal 2007. Passo por cima de todos os sentimentos que em mim despertou, eu um católico convicto. Não posso, é deixar de continuar a pensar numa frase fundamental, ponto de partida, me parece, de todo o raciocínio do Cardeal. Até porque o mesmo pensamento começa e termina a homilia. É esta a frase: “Todas as expressões de ateísmo, todas as formas existenciais de negação ou esquecimento de Deus, continuam a ser o maior drama da humanidade”. A guerra, a fome, as epidemias, catástrofes? Nada disso se compara.
Como compreender uma afirmação destas? Quem sou eu para contradizer o Cardeal?
Por mais voltas que dê à cabeça, só posso compreender uma afirmação destas se o cardeal entende que a fome, a guerra, as injustiças, as epidemias, … são resultados deste ateísmo; se o ateísmo for a “mãe” ou o “pai” de todos os “males” que atingem a humanidade. Embora aí me custe engolir a situação daqueles que matam e destroem em “nome de Deus”. Será isso melhor do que as “formas de ateísmo”? Será somente o ateísmo a conduzir à guerra? À fome? … não será muitas vezes a intolerância daqueles que se dizem crentes (de todas as confissões religiosas)?
Fique-se sr. Cardeal! Não posso concordar consigo.
Mesmo assim, tenha um bom ano 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Divagando

Da chuva e do bom tempo

Tenho andado bastante ocupado em mudanças. Por isso também este espaço se tem ressentido da minha ausência. No entanto o cérebro não pára. Aliás, a vida também não, por isso há sempre motivo de conversa. Quanto mais não seja para falar da chuva e do bom tempo.
Nestes dias é mais chuva e mau tempo, que bom. Frio também não falta. Mas, é inverno e é o habitual. Já imaginaram se não chovesse? As vozes levantavam-se para se lamuriar, que falta água, que vamos ter problemas de seca, que o governo é que tem a culpa, que deveria dar subsídios, que deveria arranjar chuva, nem que para isso tivesse que disparar uma bomba para fazer curto circuito nas nuvens , …
Já estou a divagar. O que não é de admirar com o cansaço que tenho. Por isso hoje vou ficar or aqui, esperando das melhores.
Fiquem bem

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Post By: Jiji

Divagando

Tenho andado bastante ocupado em mudanças. Por isso também este espaço se tem ressentido da minha ausência. No entanto o cérebro não pára. Aliás, a vida também não, por isso há sempre motivo de conversa. Quanto mais não seja para falar da chuva e do bom tempo.
Nestes dias é mais chuva e mau tempo, que bom. Frio também não falta. Mas, é inverno e é o habitual. Já imaginaram se não chovesse? As vozes levantavam-se para se lamuriar, que falta água, que vamos ter problemas de seca, que o governo é que tem a culpa, que deveria dar subsídios, que deveria arranjar chuva, nem que para isso tivesse que disparar uma bomba para fazer curto circuito nas nuvens , …
Já estou a divagar. O que não é de admirar com o cansaço que tenho. Por isso hoje vou ficar or aqui, esperando das melhores.
Fiquem bem

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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Aeroporto

Sem espinhas

Alcochete! Alcochete! Alcochete!
Finalmente, o LNEC falou, o governo decidiu (mais uma vez, porque já tinha decidido também antes).
Portugal não perdeu, nem podia perder. Portugal, dizem os entendidos, precisa de um novo aeroporto, e vai ter um novo aeroporto: Ota? Alcochete? Lugar mais ao sul ou mais a norte, parece-me indiferente, mesmo se a maioria da população se situa a norte do Tejo.
No entanto, com esta opção, o país ganhará uma terceira (só!!!) travessia do Tejo, na zona de Lisboa (mesmo assim me parece pouco, mas já é melhor que duas).
Os gastos? Claro que um aeroporto nunca ficará barato. Serão certamente milhões que serão gastos. Há quem diga que o país não precisa do aeroporto nem do TGV, que são gastos enormes e desnecessários.
Provavelmente a urgência ou necessidade de um TGV para o nosso país pode questionar-se. No entanto um aeroporto será sempre necessário dentro de alguns (poucos) anos, visto o aumento rápido de tráfego aéreo.
Venha lá esse aeroporto, e o mais rápido possível. E que não venha agora a oposição, desacreditada, pôr entraves ao processo. Agora vão ter que apoiar o governo a avançar. Desculpas já não há.

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quarta-feira, 9 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Medo

Tenha maneiras

Não há referendo para ninguém. Contentem-se com votação parlamentar. Não vamos correr o risco de deitar por água abaixo o que demorou tanto e deu um trabalhão a conseguir: o tratado de Lisboa.
Dizem que as promessas do primeiro ministro durante a campanha e programa do governo,. De fazer um referendo não se aplica ao tratado de Lisboa. Aplicar-se-ia ao tratado constitucional e não a este.
Pois é, mas eu gostaria de saber a diferença entre um e outro. Não na forma, certamente, porque aí há muita diferença: um é constitucional outro é de Lisboa (grande diferença!), mas no conteúdo.
Todos são unânimes em considerar o tratado de Lisboa uma cópia do tratado constitucional, chumbado em referendo nalguns países. Se agora não se faz referendo é pura e simplesmente porque se tem medo. Medo que o povo diga não; medo que as populações e manifestem contrárias aos que as governam; medo de mostrar um divórcio entre a política e a sociedade.
Agora vão ter que se encontrar razões (com que qualidade?) para justificar uma falta a um compromisso público. Mas ninguém tem esta capacidade malabarista de escapar ao julgamento popular.
Está errado, sr ministro, tenha maneiras. Não tenha medo de encostar às cordas o líder do maior partido da oposição pondo-o a fazer campanha pelo sim à sua beira. Não tenha medo de pôr os portugueses a esquecer, durante alguns tempos a política interna e as suas agruras, invadindo-o com o referendo. Não tenha medo do povo português dizer sim ao tratado. Não tenha medo sr engenheiro.

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terça-feira, 8 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Esquizofrenia

Santos para a rua

Vamos ficar sem santos em Portugal. Depois da novela dos crucifixos nas escolas públicas e nos hospitais, é agora a vez da novela dos santos das escolas. Segundo o ministério da educação, a nova denominação das escolas não pode incluir nomes de santos ou santas.
Acontece que uma grande parte das escolas tem o nome das terras onde se situam, o que já gerou problemas com gente que não quer abdicar deste seu património cultural.
Parece-me uma esquizofrenia barata o que o governo está a manifestar. Diria mais, parece-me um fundamentalismo laico do mais aberrante que há. Se fundamentalistas islâmicos, contestam a presença de símbolos religiosos anti-muçulmanos em lugares públicos, estes ditos laicos não são diferentes.

Imaginem agora:
Todas as terras com (aldeias, vilas, cidades, lugarejos,…) com nomes de santos serem obrigados a mudar de nome;
Todos os feriados com nome de santos acabarem, ou pelo menos mudar o nome (santo António como fiaria?);
Todos os que exerçam cargos públicos governativos serem impedidos de participar em cerimónias religiosas (procissões, desfiles…);
Digam o que disserem, o nosso povo nunca foi nem é laico, e não se compreende este ataque básico, doentio, esquizofrénico, mórbido e extremista a uma instituição, uma cultura, que de acordo ou não, é a nossa.

Ah! E são Bento como ficará? Que nome dará o governo à casa da assembleia da república? Simplesmente Bento? Bentinho? Ou inventarão um nome original? Que tal São Sócrates? Ah, não pode ser, tem o são por trás. Azar o seu!!!

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domingo, 6 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Dor de cabeça

Saia uma aspirina

Uma dor de cabeça pode não ser nada, mas pode também ser muito. Tudo depende da pessoa, da sua disposição, das suas relações com os outros e com o ambiente. Depende também se é habitual ou rara.
As palavras dos nossos ministros são como a dor de cabeça. Dor de cabeça, são sempre, agora são mais forte ou mais fraca dependendo de muitos factores: pertença partidária é o primeiro. Depois vem a capacidade de sofrimento de cada um, o momento do dia ou da noite, a posição que se ocupa na estrutura sócio-política, situação profissional, etc., etc. Há gente com mais capacidade do que outra.
Quando o nosso primeiro-ministro diz que tem todas as razões para acreditar que 2008 será melhor que 2007 e que cada ano que passa desde que foi eleito tem sido sempre melhor que o anterior, não tenho dúvidas de que é uma tremenda dor de cabeça. Pelo menos para mim.
Porque se 2008 for melhor como 2007 foi melhor que 2006 e assim sucessivamente recuando no tempo, vou ali já venho.
Eu queria acreditar, ou melhor, ter um pouco de esperança que as palavras do nosso primeiro se concretizassem na realidade. Isto é, gostaria que a minha dor de cabeça fosse pequena. É que eu não tenho muita capacidade de sofrimento. E como eu há milhares, senão milhões.
Já agora, venha daí uma aspirina. Nunca se sabe!

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sexta-feira, 4 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Paz e Guerra

A Paz a construir

O novo ano começou. Todos auguramos coisa melhores do que no anterior. Fica bem e é o que todos precisamos. No entanto nem sempre os homens têm estes sentimentos. Duas situações antagónicas mostram à evidência isto:
No Darfur, oficialmente a força da ONU, a Minuad acaba de tomar posse da segurança no Darfur. Apesar de ser, por enquanto uma simples troca de boinas, já que a realidade continua a ser a mesma, ouso acreditar que é já um passo para um futuro mais risonho e esperançado.
No kénia, um país que parecia na boa via do desenvolvimento, democracia, paz e segurança, acaba de surgir um conflito que, se não for parado a tempo, tem todo o ar de vir a tornar-se mais um Ruanda ou um Darfur.
A sede de poder, as divisões étnicas, os interesses particulares acima do grupo, só podem contribuir para a guerra, destruição e injustiça. Num tempo em que se deseja para todo o mundo a paz, convenhamos que temos muito a caminhar e que a paz é sempre algo a construir, a realizar e nunca um dado adquirido.

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quarta-feira, 2 de janeiro de 2008 Post By: Jiji

Bronca

Lei do tabaco

Primeiro dia da lei sobre o tabaco e primeira bronca.
O presidente da ASAE apanhado em flagrante a fumar no interior do casino do Estoril.
Claro, a gente já sabia que toda a lei tem diferentes interpretações. Pelo menos diferentes pontos de vista no que respeita à aplicação. E é de aplicação que se trata aqui. Não é suficiente promulgar uma lei, é preciso que ela recolha os meios necessários para ser aplicada e interpretada correctamente.
Um casino entra dentro dos “locais de trabalho”? ou dos “recintos de espectáculos”? há alguma alínea que exclui os casinos de serem abrangidos pela lei? Para uns, e para o presidente da ASAE, parece que sim, pelo menos é o que ele afirma.
Então e que razões são apresentadas para essa excepção? E porque não as discotecas? os bares? E já agora o café da minha aldeia, onde 4 ou 5 pessoas se reúnem todas as noites para beber uns copos e cavaquear alguns minutos?
Senhores ponham-se de acordo e deixem-se de balelas. A lei já exclui e marginaliza suficientemente como está, não a façam ainda mais. Ou é ou não é. Agora ser para uns e não ser para outros, só porque o apanhado, é o sr presidente do organismo que deve justamente fiscalizar a aplicação dessa lei, não tem jeito nenhum.


Já agora bom ano para todos